A Senadora Serys Marli (antes Shlessarenko) discursou em homenagem aos 100 anos da criação da Comissão Rondon, que abriu o oeste do Amazonas ao contato mais próximo com o resto do país, por via do telegráfo. Rondon merece todas as homenagens que se façam. Entretanto a senadora pede que a Câmara se apresse em passar a lei do novo estatuto do índio, como se isso viesse a ajudar os povos indígenas. Ela acha que esse estatuto vai libertar os índios das amarras do estatuto anterior, dando-lhe liberdade e emancipação. Recentemente o TCU emitiu um acórdão em que declara os índios emancipados para fazerem o que quiserem com suas terras, inclusive vender madeira. E que a Funai deveria se eximir de coibir tais ações. Surpreendentemente a Coiab, que é a principal organização de lideranças urbanas indígenas do Amazonas, abriu o berreiro contra essa proposição, e o Conselho Indigenista Missionário fez lembrar o tempo em que os militares e alguns antropólogos, tais como Roberto Cardoso de Oliveira e Roque Laraia, propuseram a emancipação compulsória dos povos indígenas que tivessem entendimento da sociedade brasileira. Todos esses temas serão levantados na ocasião de uma mudança no atual estatuto do índio. Só os ingênuos e os de má-fé não vêm isso.
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04/05/2007 - 08h12
Serys pede pressa na votação do Estatuto dos Povos Indígenas
Agência Senado
A senadora Serys Marli (PT-MT) solicitou que a Câmara dos Deputados conclua a votação do Estatuto dos Povos Indígenas, que se encontra em tramitação naquela Casa, como forma de homenagear o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. O pedido foi feito nesta quinta-feira (3), em Plenário, durante a homenagem aos 142 anos de nascimento de Rondon e aos 100 anos da missão - liderada pelo militar - que integrou Cuiabá a Santo Antônio da Madeira, na Amazônia, hoje Porto Velho (RO), por meio de linhas telegráficas.
Serys pediu ainda que o estatuto, depois de aprovado, passe a se denominar Lei Cândido Rondon. A senadora pelo PT do Mato Grosso também sugeriu que o Congresso Nacional, por ocasião dos 50 anos da morte de Rondon, em 2008, solicite a inserção do nome do marechal no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, que se encontra no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O anúncio de proposição nesse sentido, lembrou Serys, já foi feito pelo senador Expedito Júnior (PR-RO).
- Será o primeiro mato-grossense a receber essa honraria - disse Serys, referindo-se a Rondon, que nasceu em Mimoso, em 1865, e morreu no Rio de Janeiro, em 1958.
Progresso
Em seu discurso, Serys destacou que Rondon atuou em prol do progresso e do desenvolvimento de Mato Grosso e do Brasil.
- As gerações de hoje, acostumadas ao conforto da vida moderna, à velocidade das comunicações e dos transportes, não podem sequer imaginar as dificuldades enfrentadas por esse homem, no final do século 19 e início do século 20, para promover a integração de Mato Grosso ao restante do Brasil e, ao mesmo tempo, defender nosso território dos inimigos com que, então, nos defrontávamos - ressaltou.
Serys lembrou ainda que uma das ações iniciais do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrido entre 2003 e 2006, foi a recriação do Projeto Rondon, surgido originalmente em 1967, durante o regime militar.
A idéia de levar a juventude universitária a conhecer diversos aspectos da realidade do país surgiu em 1966, na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, durante a realização de um trabalho de Sociologia intitulado O Militar e a Sociedade Brasileira, de acordo com informações da página eletrônica do Ministério da Defesa. Os participantes da iniciativa sugeriram que o projeto levasse o nome do marechal Cândido Rondon.
O projeto atual foi relançado em janeiro de 2005, em Tabatinga (AM), com a participação de entidades da sociedade civil e diversos ministérios, como o da Educação, com o apoio das Forças Armadas
sábado, 5 de maio de 2007
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