Capítulo 5
ANTROPOLOGIA ECONÔMICA
Quem trata de economia são, com muita exclusividade, os economistas. Economia é um assunto espinhoso, multifacetado, palpitante, ao mesmo tempo previsível e imprevisível, portanto um tanto misterioso, porém essencial para todo mundo e para o mundo todo. Ciência da escassez, já foi dito séculos atrás, mas que trata desavergonhadamente da abundância e de sua má distribuição. O certo é que os economistas têm muita influência política e bastante espaço intelectual para escrever sobre esse assunto em miríades de aspectos e em inumeráveis detalhes. Todos nós que lemos jornal invariavelmente apelamos para um ou outro colunista de economia para nos situarmos diante do certo e do incerto em nossas vidas. Além de tratarem da sobrevivência dos homens e do bem (ou mal) estar das nações, os mais ousados excursionam também pelo campo social e da cultura, tratando desses assuntos com incontida segurança e desenvoltura.
Diante disso, o que a Antropologia tem a dizer de singular e diferente, se não de valor, para a compreensão da ciência econômica? Talvez, modestamente, duas coisas: uma, sobre sua experiência em estudar como funcionam as economias de sociedades não capitalistas, desde as mais simples de caçadores e coletores, às baseadas na horticultura, passando pelas economias agrícolas controladas por poderes centrais, até o alvorecer do capitalismo. Nesse incurso, a Antropologia não só tem descrito as variações de modos de produção, como também as motivações psicológicas, sociais e políticas e as estruturas básicas de funcionamento de cada economia. O segundo ponto, e este é mais complicado, se centra na idéia do que se constitui valor econômico, algo mais poderoso do que, simplesmente, aquilo que serve de base para uso e para troca. Nesse sentido, a Antropologia contribui pela teoria da cultura para definir, em toda sua potencialidade, aquilo que seria uma teoria de valor (econômico).
5.1. Esboço da Economia
5.2. Reciprocidade e teoria do valor
5.3. Proposições teóricas da Antropologia Econômica
5.3.1. Valor de uso e valor de troca
5.3.2. Ciclos de reciprocidade
5.4. Formalismo e substantivismo
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
"Ciência da escassez, já foi dito séculos atrás, mas que trata desavergonhadamente da abundância e de sua má distribuição."
Estou tateando uma especialização ná area de ciencias agrárias, pelo menos a especialização está vinculada, mas nada é certo e nada é errado a especialização é em Economia Solidária. A maior dificuldade foi em ancontrar referencias à agricultura indigena com relação à Etnia que estava pretendendo auxiliar. A quem diga que eles fazem e eles sabem o que tem de ser feito. Mas a comundiade, pelo que li, faz uns 300 anos que sofrem forte influencia externa e, muito pouco se encontra, hoje, nas aldeias. Quando entrei na questão "economia" os indigenas classificaram-na como a Ciencia da abundancia, do dinheiro facil, da qualidade de vida vinculada ao que se tem no bolso ou em casa.
Mas o mais interessante ainda, foi quando abordei a questão do etnodesenvolvimento já que essa questão foi discutida fora das aldeias ha mais de 50 anos e, consta em programas de governo, do Governo Federal. Dentros dos~´orgão de assistencia (esqusito isso) deveria ser de promoção, só acham o termo bonito, mas não sabem o conceito dele, se servidores ou afins que trabalham com comunidades indigenas não tem um conceito formado, imagina os indios. Mas tando os profissionais que trabalham com comunidades indigenas e a propria comunidade deverão onceituar. Isso facilitaria a abrangencia dos programas de Governo para com as comundiades indigenas.
Essa foi uma das conclusões da especialização.
Etnia alvo: Paresi
T.Indigena: Rio Formoso
Municipio: Tangará da Serra - MT
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