sábado, 12 de maio de 2007

Papa recebe carta do CIMI, quer dizer, dos índios

O Papa Bento XVI veio canonizar o frei Galvão como primeiro santo brasileiro. Quis forçar o presidente Lula a assinar uma "concordata" para pagar menos imposto ao estado brasileiro e ter acesso livre a terras indígenas e de proteção ambiental. Nem os cientistas brasileiros têm isso.

O Papa, desta vez, não recebeu nenhuma delegação indígena, o que surpreendeu a todos, já que João Paulo II sempre as recebia.

Mas, recebeu uma carta do CIMI com as reivindicações de sempre e os exageros pessimistas de sempre. O discurso é tipicamente CIMI, mas vem assinado por uma nova organização indígena, APIB. Mais uma criação do CIMI. Nada muda para essa gente. Parece que a Coiab participou ou ao menos faz eco do discurso do CIMI. A Reuters também não deixa por menos e inclui na matéria um pouco de tudo.

______________________________________

Índios do Brasil pedem ajuda ao papa
Quinta-feira 10 de Maio, 2007 8:27 GMT


SÃO PAULO (Reuters) - Índios brasileiros queixaram-se, em uma carta aberta ao papa Bento 16 nesta quinta-feira, que o governo ameaçou o modo de vida indígena com grandes projetos de infra-estrutura e ignorou suas reivindicações por um retorno às terras de seus ancestrais.

"Desejamos transmitir a Vossa Santidade, nestas breves palavras, um pouco de nossas angústias e esperanças, contando com vossa amizade e solidariedade na construção de um continente e de um mundo justo e harmonioso, conforme buscaram por séculos nossos ancestrais", disseram os índios em uma carta ao papa.

Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, tentaria entregar a carta ao pontífice, segundo a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). A carta afirma que os índios sofreram um "processo de genocídio" com o passar dos séculos, incluindo perseguição, invasões de terra e esterilização de mulheres.

Segundo a nota, o assassinato de líderes indígenas por pessoas que invadem suas terras ainda acontece.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava colocando em perigo as florestas, comunidades e cultura dos índios com projetos de hidrelétricas e estradas, de acordo com a carta assinada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).

O Brasil tem entre 450 mil e 750 mil índios, que falam 180 idiomas diferentes.

A carta afirma que os índios do Brasil têm tido o apoio da Igreja Católica e de vários missionários em sua luta pacífica pelos direitos históricos.

Nenhum comentário:

 
Share