terça-feira, 22 de maio de 2007

Mato Grosso quer formar 300 professores índios

Notícia de Mato Grosso fala que a secretaria de educação do Estado, junto com o MEC e a Funai, quer formar 300 professores indígenas para dar aulas nas aldeias.

De fato, o Mato Grosso tem algumas programas muito interessantes para a educação indígena.

A iniciativa partiu do saudoso Dante de Oliveira, quando era governador, quando criou o Projeto Tucum, para formar professores índios, o qual terminou com o projeto de educação superior que é dado pela Unemat, no campus da cidade de Barra do Bugre.

Em junho do ano passado, fui homenageado pelos 200 alunos-formandos desse programa de educação superior, junto com o próprio Dante de Oliveira e o governador Blairo Maggi.

Formar 200 professores indígenas requer muito esforço, muita capacidade administrativa e muito espírito pedagógico. A Unemat é pioneira nesse trabalho, graças aos seus dirigentes. A Funai também merece todos os elogios pelo acompanhamento que faz dos alunos, por conhecer suas origens familiares e étnicas e por saber resolver os problemas que surgem no dia-a-dia da faculdade.


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Secretaria quer formar 300 professores índios para atuarem no magistério


O Projeto Haiyô, desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso (Seduc), através da Coordenadoria de Assuntos Indígenas, pretende habilitar 300 professores índios para o exercício do magistério nas series iniciais até 2010.

O projeto consite na formação de professores indígenas para o Magistério Intercultural e será realizado em parceria com 25 municípios, e outros órgãos do Estado que trabalham com questões indígenas.

O Estado é um dos pioneiros na implementação do programas de formação específica para professores indígenas que atuam nas escolas das aldeias, a exemplo do Projeto Tucum, do Projeto Xingu/Urucum Pedra – Brilhante, Projeto Mebêngõkrê, Panara e Tapayuna Goronã e o Projeto de Licenciatura Específico para a Formação de Professores Indígenas – 3º Grau Indígena, ofertado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UFMT).

O Projeto Tucum habilitou 176 professores dos povos Xavante, Pareci, Irantxe, Bakairi, Bororo, Rikbatsa, Kayabi, Munduruku, Apiká, Nambikwara, Umutina, num processo iniciado em 1996 e concluído em 2001, a partir de proposta curricular específica, aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.

No entanto, parte da diversidade dos povos indígenas do Estado de Mato Grosso não foi atendida pelo Projeto Tucum, existindo assim, professores indígenas atuando sem a habilitação necessária.

Neste contexto se insere o Projeto Haiyô " Formação de Professores Indígenas para o Magistério Intercultural" , atendendo à demanda dos povos Tapirapé, Myky, Arara, karajá, Cinta-larga, Guató, Chiquitando e Zoró, que ainda não foram contemplados e dos povos Nambikwara, Kaiabi, Paresi, Munduruku, Apiaká, Rikbaktsa, Irantxe, Bororo e Xavante.

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