terça-feira, 15 de maio de 2007

Guarani insistem pacificamente na continuação de Amambai

Matéria vinda de Campo Grande mostra que os Guarani da região de Amambai insistem em que a Funai reponha a sua Administração Executiva e não os deixe à mercê de Dourados, para onde foi a administração. Como disse anteriormente, essa mudança foi um equívoco estratégico e a Funai vai ter que revê-la. Por enquanto eles estão pacíficos, mas podem engrossar o caldo mais adiante.

Essa matéria é paralela ao que está acontecendo no Maranhão com a extinção das unidades gestoras dos núcleos de Barra do Corda. Os Guajajara estão fechando a rodovia que passa pela T.I. Canabrava e ameaçam tocar fogo no linhão da Eletronorte que passa paralelamente. Se é verdade que muitos núcleos de apoio exorbitavam na sua ineficiência, é igualmente verdade que alguns eram imprescindíveis. A medida de extinção não era o caminho certo para todos. Certamente o mesmo vai acontecer na região do sul da Bahia e em outras partes do Brasil.

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Caciques pedem ao MPF apoio para manter Funai em Amambai

Quatro capitães (caciques) de aldeias do sul do Estado seguiram nesta segunda-feira (14 de maio) para Dourados, onde pretendem solicitar apoio do Ministério Público Federal para impedir o fechamento da Delegacia Regional da Funai de Amambai. Segundo o site A Gazeta News, os líderes Rodolfo Ricarte (da aldeia Amambai), Hamilton Lopes (Maracatu, em Antônio João), Assunção Samariego (Porto Lindo, em Japorã) e Jorge Gonçalves (Porto Lindo Piraquá, em Bela Vista) representarão outras 18 aldeias para solicitar a continuidade das ações da Funai amambaiense.

O fechamento da Regional, na visão dos caciques, irá fragilizar o atendimento às comunidades indígenas da região de fronteira. Enquanto um grupo de lideranças buscará auxílio do MPF para a questão, outros líderes de 22 aldeias espalhadas em 12 municípios estão na delegacia da Funai de Amambai, onde aguardam resposta da Superintendência do órgão em Brasília sobre o fechamento da unidade.

A promessa dos líderes é que, caso não haja um pronunciamento da Funai na capital federal, manifestações mais intensas serão realizadas na região - incluindo bloqueios de estradas e rodovias. Tal ação já foi realizada no último sábado (12), quando meia pista da MS-386 (entre Ponta Porã e Amambai) foi obstruída pelos indígenas. A regional da Funai no município é responsável pelo atendimento a 25 mil indígenas das etnias guarani-kaiowá e guarani-ñandeva.

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