Mostrando postagens com marcador Potiguara. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Potiguara. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Potiguara querem sua administração de volta

Os site indígena Indiosonline, que tem trabalhado arduamente para desenvolver uma linguagem de video com valores indígenas, produziu o video abaixo em que apresenta as falas de algumas das principais lideranças Potiguara sobre a questão da reestruturação da Funai.

Ao que tudo indica, os Potiguara ainda esperam da atual direção da Funai alguma atitude positiva no sentido de reaver a sua administração de João Pessoa. Para tanto, só mudando o decreto 7506/09, ou retirando a administração do Ceará e realocando-a de volta para os Potiguara. Isto significaria puxar o cobertor de um para cobrir outro. Péssima política.

Amanhã uma comissão da Funai desembarca em João Pessoa para entabular as negociações sobre a mudanças na reestruturação da Funai.

Em que sentido será esse negociação? Os Potiguara abrirão mão de sua reivindicação, ou firmarão posição até o fim? Haverá nova retirada diante de mais uma enrolação, ou os Potiguara têm carta na manga para negociar uma mudança do decreto presidencial?

E como ficarão os demais GTs programados para convencer os índios das benesses do famigerado decreto? Quem serão os próximos funcionários da Funai a servir de boi de piranha?

Resultado ainda imprevisível. Quem quiser que adivinhe!

__________________________

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Direto da Paraíba: Índios Potiguara jogam pesado para reaver sua Administração

Quem disse que os Potiguara não tinham postura de guerreiros determinados, depois do debâcle da tomada da Funai em janeiro deste ano, quebrou a cara.

A atual direção da Funai criou diversos GTs com seu pessoal mais leal e mandou-os para diversas áreas indígenas para convencer os índios de que o Decreto de Reestruturação 1750/2009, que cortou pelo meio a Funai, era bom para todos. Contratou uma empresa para organizar as viagens de apresentação, cujo valor do contrato saiu no DOU como sendo de  17 milhões de reais, mas logo surgiu uma revisão para cerca de R$1,77 milhões. Difícil saber qual o valor real, nessa altura do campeonato.

Iniciaram as reuniões semana passada, começando por Eunápolis, sul da Bahia, e Palmas, em Tocantins. Com os Pataxó conseguiram passar por cima sem sobressaltos, não se sabe como; deslizaram em Palmas com os Krahô e Xerente, Tapirapé e Xambioá, apesar dos discursos de protesto, porém sem a presença de um único índio sequer do Maranhão. Mas, ao chegar na Paraíba, a coisa mudou.

Os Potiguara da Baía da Traição, que haviam sido protagonistas da tomada da Funai, em janeiro de 2009, e logo em seguida tinham se retirado e abandonado o barco da rebelião convencidos pela atual direção da Funai que iriam ganhar umas sobrinhas do Decreto, se bem que não mais sua Administração Regional, agora se abespinharam e partiram para a boa luta, pela boa vingança.

Detiveram toda a turma que veio de Brasília para essa ingrata e inglória tarefa de convencê-los e ainda alguns mais que estavam de reboque.

O coordenador-geral de desenvolvimento comunitário, Martinho, a coordenadora-geral de licenciamento ambiental, Marcella Nunes, a coordenadora de terras indígenas, Thais Gonçalves, todos de Brasília, e mais o veterano indigenista Benedito Rangel, deslocado de Manaus para essa tarefa (será que ele concorda com isso?) e o ínclito Nemézio, que vive aí mesmo na Paraíba, foram todos tomados de surpresa e levados da cidade da Baía da Traição para a Aldeia-mãe dos Potiguara, a gloriosa São Francisco.

Lá ficarão, comendo camarão frito e carambola, até que a atual direção da Funai reveja o decreto e retorne aos Potiguara sua administração, que, aliás, era reconhecida como das mais bem sucedidas. Assim prometem os Potiguara, unidos entre seus principais caciques e líderes, à frente o visionário Caboclinho, o destemido José Ciriaco e o conciliador Marcos Potiguara.

A notícia da nova rebelião potiguara se espalhou pelas comunidades indígenas. Os índios de Pernambuco, que não cacarejam em serviço, já estão se organizando. Por sua vez, os índios do Ceará, que tinham recebido uma administração, talvez para eles aceitarem as negociações para demarcação de terras na região, em substituição à extinta de João Pessoa, agora querem que os Potiguara sejam transferidos em seu atendimento para Maceió. Ora essa, como espezinhar os Potiguara numa hora dessas? Deviam vir em seu apoio!

Que será que vai acontecer?????

_________________________________


Tensão: Índios exigem reabertura de unidade da Funai na PB em troca de reféns
Tensão: Índios exigem reabertura de unidade da Funai na PB em troca de reféns
Clique na imagem para ampliar

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ata de Capitulação do povo indígena Potiguara à cúpula da Funai

Acabei de ler a ata da reunião que teve a cúpula da Funai, no Ministério da Justiça, com as duas principais lideranças dos 170 índios Potiguara que estavam em Brasília. E cujo resultado foi a capitulação desse contingente indígena do movimento indígena revolucionário em atividade em Brasília.

A cúpula da Funai era composta pelo presidente e pela diretora de assuntos fundiários, coadjuvados pela coordenadora-geral de assistência e por uma coordenadora de finanças. Essa reunião se deu na manhã de ontem, segunda-feira, dia 18 de janeiro.

Que diferença da reunião que teve um grupo de Xavante, sexta-feira passada, relatada nesse Blog.!! Enquanto os Xavante apontavam o dedo em riste acusando a cúpula da Funai de enganação, deslealdade e infidelidade ao cargo, sem obsequiar as desculpas da cúpula, recusando cumprimento direto com o atual presidente do órgão, os infelizes líderes potiguara iam pouco a pouco arrefecendo seu ânimo de protesto e de se sentirem  traídos para aceitarem os argumentos cavilosos do presidente do órgão.

Dizia o presidente: A coordenação técnica local é um nome melhor que posto indígena, pois este representa militarismo, vigiar, controle, enquanto coordenação significa participação. Tradição? Para quê? Coordenação vai melhorar, aproximar os índios da Funai, dar-lhes mais autonomia. E os tristes líderes ouvindo. O fim da AER de João Pessoa? Não se incomodem, uma coordenação técnica vai ser melhor, mais ágil, mais participativa. Não tem autonomia ou unidade gestora de recursos? Tem nada não, tudo virá de Fortaleza ou até de Brasília. Para que pressa nas coisas?! O bom administrador Petrônio Cavalcanti terá vaga? Ah, gosto muito dele, certamente ele poderá ficar em João Pessoa fazendo a mesma coisa. Depois vocês todos se reúnem para decidir.

E aí, sem mais nem porquê, ficou decidido que os Potiguara saíriam da sede da Funai até as 17 horas. Abriram mão de sua liderança no movimento indígena. Recursos? Sim, claro. Como a Funai não pode entregar dinheiro na mão, o dinheiro seria enviado para a AER João Pessoa. Quanto custará? R$ 36.000,00 são pedidos, as coadjuvantes financeiras acham alto, depois vão ver o que poderão fazer. Mas o dinheiro não pode ser entregue em mãos, viu? É contra a administração pública! Será depositado na conta de alguém via administração regional. Mas não saiam por aí dizendo que receberam dinheiro!!

Pronto!

Alguma discussão sobre o sentido do movimento indígena? De rebeldia? Dos companheiros que estavam esperando a volta desse líderes? Alguma desculpa? Não. A ata é lavrada e fechada com a assinatura isolada do atual presidente, para a humilhação ficar mais profunda.

Todos  os índios do Brasil eventualmente conhecerão essa ata. As falas de protesto iniciais dos tristes líderes abafadas pela argumentação insidiosa e cavilosa do atual presidente da Funai.

Depois dessa, que não se questione por que os índios perderam a guerra contra os portugueses!

E qQue o movimento indígena revolucionário não deixe isso se repetir nunca mais!!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Três terras indigenas a serem demarcadas

O ministro Tarso Genro aproveitou a 4ª reunião da CNPI para assinar as portarias de três terras indígenas. São elas:

Batelão, em Mato Grosso, com 117.000 hectares, destinada aos índios Kayabi

Monte Mor, na Paraíba, com 7.500 hectares, destinada aos Potiguara

Porto Limoeira, no Amazonas, com 5.000 hectares, para os índios Tikuna.

Parabéns aos índios, à Funai e ao Ministro Genro.

_______________________

Governo reconhece três áreas indígenas

Ministro da Justiça autorizou aldeias em Mato Grosso, na Paraíba e no Amazonas.

Índios pedem mais participação na reestruturação da Funai.


O ministro da Justiça, Tarso Genro, assinou nesta quinta-feira (13) portarias para a demarcação de aldeias indígenas das etnias Kayabi, Potiguar e Ticuna, que ficam em Mato Grosso, na Paraíba e no Amazonas. A solenidade marcou a abertura do primeiro dia da reunião da Comissão Nacional de Políticas Indigenistas (CNPI), que ocorre até sexta-feira (14), em Brasília.

Segundo o ministro, as portarias representam um momento importante para a política indigenista no Brasil porque também contam com o apoio do Ministério Público e da Advocacia Geral da União. "Aquilo que estiver dentro da lei e que passar pelos trâmites regulares terá todo respaldo".

Ao final da reunião, membros das tribos Kayabi, Potiguar e Ticuna entregaram cartas e manifestos a Tarso Genro.

Durante a reunião, foi discutida também a violência em aldeias indígenas de todo o país e a questão da mineração em terras indígenas.
 
Share