Papa ameniza 'gafe' sobre índios cometida no Brasil
Sem pedir desculpas, o Papa Bento XVI amenizou o teor de sua fala sobre a catequese dos povos indígenas. Não podia ignorar as denúncias feitas por Bartolomé de las Casas. As do jesuíta Antonio Vieira também foram muito fortes. O engraçado é que raramente são citadas pelos apologistas portugueses. Veja matéria abaixo.
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Valquíria Rey
Do Vaticano
Papa foi duramente criticado no Brasil por declarações sobre evangelização dos índios
O papa Bento 16 procurou amenizar em um discurso nesta quarta-feira os efeitos das declarações que deu no Brasil a respeito da evangelização de índios pelos colonizadores europeus.
O sumo pontífice havia dito durante sua viagem ao Brasil que a evangelização na América Latina não foi imposta e nem alienou os índios - mas agora ele admitiu que ocorreram excessos durante o processo histórico, iniciado com a chegada dos Europeus ao continente.
"O anúncio de Jesus e de seu Evangelho não supôs, em nenhum momento, uma alienação das culturas pré-colombianas, nem foi uma imposição de uma cultura estrangeira", havia dito o papa em seu último dia no Brasil, ao discursar na inauguração da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida do Norte (SP).
Mas, ao fazer um balanço da visita durante a tradicional audiência das quartas-feiras, Bento 16, amenizou suas declarações.
"Não podemos ignorar os sofrimentos e as injustiças impostas pelos colonizadores às populações indígenas, cujos direitos humanos e fundamentais foram freqüentemente ultrajados", disse.
Enquanto se referia à evangelização no continente, Bento 16 classificou de "crimes injustificáveis", os excessos cometidos pelos colonizadores, e disse que estes já tinham sido condenados antes por missionários como Bartolomeu de las Casas e teólogos como Francisco de Vitória, da Universidade de Salamanca, na Espanha.
quarta-feira, 23 de maio de 2007
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