Os índios Guarani, da região de Amambai, receberam anteontem o antropólogo e indigenista Cláudio Romero, velho amigo deles, mas não aceitaram a justificativa apresentada de que a extinção da Administração de Amambai iria melhorar o atendimento de que eles necessitam.
É evidente que o rebaixamento daquela administração para o nível de núcleo de apoio, sem gestão financeira, e a dependência à nova Administração de Dourados, só os vai deixar mais vulneráveis.
Cláudio tentou mas não conseguiu. Ao final, ele fica sempre do lado dos índios, assim, certamente, vai tentar convencer a Funai a desfazer o que fez tão precipitadamente.
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Índios cobram explicações da Funai
Antonio Viegas, Dourados
Lideranças indígenas de Amambai se reuniram com o antropólogo da Funai, de Brasília, Cláudio Romero, e exigiram que a presidência do órgão revogue a portaria que transferiu a administração regional para Dourados transformando o escritório de Amambai em núcleo. Se não forem atendidos, eles passarão a bloquear todas as estradas e rodovias que cortam as aldeias daquela região.
O antropólogo foi enviado pelo presidente da Funai Márcio Augusto Freitas de Meira, para esclarecer os indígenas a respeito da reestruturação que está acontecendo no órgão, mas as lideranças não aceitaram as justificativas. Ao final da reunião foi elaborado um documento enviado via fax ao presidente, para que seja analisado. As informações iniciais são de que não existe intenção de voltar atrás na decisão.
Os índios, desde a semana passada, estão protestando contra as novas medidas adotadas pela Funai e principalmente sobre a transferência da regional. Eles chegaram a invadir o prédio onde hoje está o núcleo do órgão em Amambai. De acordo com as lideranças, toda a comunidade daquela região seria prejudicada até mesmo na questão de emissão de documentação. O antropólogo tentou argumentar que as mudanças seriam justamente para melhorar o atendimento, mas não se chegou a um acordo.
Com a reestruturação, a informação é que das 22 pessoas que trabalhavam em Amambai, 13 foram dispensadas. No entanto a maioria era contratada através de uma empresa terceirizada, cujo vencimento desses contratos seria em agosto próximo. Para o órgão, a transferência da regional para Dourados não iria alterar os trabalhos nos municípios, apenas sairia da responsabilidade de Amambai a administração dos recursos, ou seja, o núcleo ficaria subordinado a Dourados e continuaria com a mesma atividade na emissão de documentos e atendimentos diversos.
sexta-feira, 25 de maio de 2007
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