Há pouco mais de uma semana um grupo de 40 índios Kayapó Metuktire fizeram pela primeira vez, após mais de 50 anos de isolamento voluntário, contato com seus parentes na Terra Indígena Capoto. A pessoa que primeiro os viu e abriu uma diálogo com esses parentes foi a mãe de Megaron Txukarramãe, o administrador Kayapó da AER Colíder.
Nesses dias os Kayapó estão se confraternizando, conversando, dançando, pensando, imaginando as vidas que levaram desde 1954 quando houve o primeiro contato pacífico entre a sociedade brasileira e o povo Kayapó.
Quanto não têm para refletir sobre esses anos todos!
Fico imaginando Raoni, Megaron, Jaboti e tantos outros ouvindo admirados esses parentes que se mantiveram ao largo do relacionamento com a sociedade brasileira. Imagino-os admirado de eles estarem usando tantos hábitos e costumes que deixaram de ser usados no convívio com a sociedade brasileira.
Fico imaginando também os Kayapó recém-contatados admirados diante de tantas novidades, de seus parentes estarem vivendo "quase que nem kupem".
Quanta festa, quanta alegria!
Mas, agora, o perigo chegou. Não se pode descuidar do perigo das doenças que esses Kayapó podem adquirir de seus próprios parentes.
A Funai tem que tomar responsabilidade e enviar uma equipe médica bem experiente para dar cobertura e assistência quando necessário, porque fatalmente esses Kayapó vão pegar doenças novas e poderão se sentir atacados pelos próprios parentes, como se fosse feitiçaria.
A coordenação geral de índios isolados deve estar alerta e procurar se aproximar desses Kayapó junto com seus parentes e alertar a todos sobre todos os perigos. Sei que Megaron Txukarramãe e os demais líderes Kayapó estão bem cientes dos perigos, sei que eles querem uma cobertura de saúde segura para seus parentes.
Não podemos deixar que nada aconteça a esses parentes Kayapó!!!!
Felicidades a todos nessa confraternização maravilhosa.
quinta-feira, 31 de maio de 2007
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