Capítulo 4
O SOCIAL
Parentesco, Grupos e Categorias Sociais
4.1. O tabu do incesto
Uma das grandes descobertas da Antropologia, ainda em seus primórdios, no último terço do século XIX, foi a constatação de que todas as sociedades então conhecidas adotavam como regra básica para a constituição de famílias e para a reprodução social a proibição do relacionamento sexual entre alguns tipos de parentes próximos, em especial entre pai e filha, mãe e filho, e entre irmão e irmã. A sanção para qualquer transgressão viria incontinenti, com rigor e violência, até com a morte. No correr dos anos e na ampliação do conhecimento empírico de novos povos, com novas culturas e sociedades, essa regra, que passou a ser conhecida como tabu do incesto, mostrou ser generalizada e universal; por conseguinte, necessária à essencialidade do ser humano e da cultura.
Há exceções e elas seriam explicadas como excrescências, por razões peculiares. As mais conhecidas são as dos reinados teocráticos do Egito Antigo e do Império Incaico. Em ambos os casos, os faraós e os incas, respectivamente, casavam-se, para fins de produzir herdeiros de seus tronos, com suas próprias irmãs por parte de pai. Em ambos os casos, eles também se casavam com um sem-número de outras mulheres, com quem tinham centenas de filhos. Mas os filhos nascidos de suas irmãs é que estariam na linha de sucessão, como herdeiros diretos e impolutos da divindade que representavam em vida. Entrementes, suas sociedades, isto é, os demais cidadãos e súditos do Egito e do Império Incaico praticavam o tabu do incesto normalmente.
4.2 Teoria da reciprocidade
4.3 Parentesco: teoria e prática
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
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