Já que não conseguiram parar a transposição do rio São Francisco, agora vem o troco. A Companhia Energética de Pernambuco acaba de cortar a energia elétrica para toda a Ilha de Assunção, dos índios Truká por falta de pagamento.
Parece que o mesmo vem para os índios Xukuru do município de Pesqueira.
Será que é vingança contra os índios apoiados pelo CIMI e que estavam na linha de frente contra a transposição do rio São Francisco?
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CABROBÓ - Celpe corta luz de índios Truká
Escola sem aula, posto de saúde sem funcionar, 400 hectares plantados com arroz que podem ser perdidos. As 1,2 mil famílias da tribo Truká que moram na Ilha de Assunção, em Cabrobó, a 600 quilômetros do Recife, estão sem luz desde a manhã de segunda-feira. Tiveram a energia cortada pela Celpe, que alegou falta de pagamento. Quinze índios viajaram ontem até a capital para tentar conversar com representantes da companhia. Não conseguiram. Encontraram-se com a administradora regional da Funai, Estela Parnes.
Índios e Funai afirmam que a energia não poderia ter sido cortada porque a companhia não teria cumprido o acordo feito no ano passado com o Ministério Público em Serra Talhada. O ajuste previa a instalação de medidores individuais nos prédios públicos e nas casas. "São 4,2 mil pessoas sem luz. Toda a aldeia está parada", disse o cacique Aurivan dos Santos, o Neguinho Truká.
Ele disse que os índios vão se reunir amanhã para decidir o que fazer.
À tarde, Estela Parnes participou de reunião na Celpe. Não houveacordo e o corte no fornecimento continua. Segundo a companhia, que divulgou nota à Imprensa no começo da noite, foi marcada uma nova rodada de negociações para hoje. Ainda de acordo com a empresa, também houve corte em áreas indígenas do município de Pesqueira, além da Ilha de Assunção. O débito chegaria a R$ 14,3 milhões. As contas, informou a Celpe, não eram pagas há sete anos.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
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