terça-feira, 7 de agosto de 2007

Fazendeiro do Pantanal reclama do Estado brasileiro

Vale a pena ler esse artigo e desabafo de um produtor rural de Mato Grosso do Sul para entender o pensamento de direita do estado.

O articulista quer dizer que tanto os índios quanto os fazendeiros (produtores rurais) são injustiçados pelo Estado brasileiro. Que os índios são insuflados a invadir terras particulares. E que a Funai faz isso à vontade.

Onde está a verdade de tudo isso?

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Fronteira traída, índios enganados

O povo de nossa terra, especificamente indígenas e produtores rurais, tem sido sistematicamente traídos pelo Estado brasileiro, pela União e por entidades públicas que, concretamente, representam aquelas entidades. Além de despojados de suas terras e cultura, é pública e notória a incompetência e o mau uso de verbas já exíguas, destinadas à promoção e desenvolvimento das comunidades indígenas. Os fatos que permitem tal afirmação são confirmados por CPIs e investigações realizadas pela Assembléia de MS, que desnudaram a rede infame que leva à morte crianças indígenas, por inanição.

Como se não bastassem tais desgraças sobre suas cabeças, nossos indígenas têm sido objeto de manipulações sórdidas, financiadas e organizadas por entidades estrangeiras ou pseudo-religiosas, para gerar frustrações e conflitos com a comunidade de produtores rurais. Manipulados por mentiras oficiosas, eles evidentemente não podem compreender por que a Justiça não atende seus interesses.

As informações sobre o financiamento externo de invasões de terras particulares podem ser verificadas nas páginas do Processo 001 02 021449-7, Terceira Vara Civil, na Comarca de Campo Grande.

Nele se vê, por exemplo, o orçamento de 60.000 dólares para a promoção de quatro invasões de propriedades em MS. Essas ações são maliciosamente complementadas pela Funai, com a prática de "identificar" e "delimitar" terras particulares como se fossem "terras tradicionalmente ocupadas pelos índios". Entretanto, leitor, mesmo sabendo que "aldeamento extinto" não define qualquer pedaço de terra como indígena, o órgão público dá andamento a processos administrativos viciados e abusivos, destinados inexoravelmente a serem derrubados pelo Judiciário que tem se submetido às Leis e não à ideologia.

Ao proceder de forma viciosa, iludindo a população indígena, entidades públicas envolvidas cumprem suas agendas ideológicas, que é frustrar e conflitar as comunidades envolvidas. Para tanto, chega-se ao ponto de levar a Presidência da Republica a assinar homologação de "terra indígena" sem fundamentação legal, sabendo-se que ela será invalidada pela Justiça. É um método para jogar contra o Judiciário a opinião pública e, sobretudo, a comunidade indígena.

Após invasões manipuladas, processos administrativos fajutos, homologação viciada e uma lavagem de mentiras e desinformações jogadas na alma de nossos indígenas, estamos diante de um caso concreto, que é a reintegração de posse de áreas particulares, no Município de Antonio João, onde a Lei e a Justiça seguem seus passos. Entretanto, os que armaram o circo, mentiram e iludiram nossos índios, parecem estar acima da Lei, graças à cobertura factual e ideológica daqueles que estão no aparelho estatal para pôr lenha na fogueira. O sofrimento, vítimas fatais, a frustração e afastamento entre as comunidades, tudo vem a calhar. Conviria lembrar aqui que, quando se deu a reintegração de posse em Antônio João, na área da Fazenda Fronteira, a Prefeitura colocou à disposição da comunidade indígena uma área de 200 hac., para que ela se acomodasse, com direito a efetuar plantio de lavoura, enquanto se aguardavam soluções outras.
Por manipulação externa os índios recusaram a proposta e foram para a beira da estrada para atender à exploração midiática.

Seus objetivos da manipulação das invasões? Para uns, continuarem a pôr a mão nos fartos recursos do exterior, dos quais apenas frações são gastos nas invasões. Para outros, impactar o Estado Democrático e de Direito, conflitando as comunidades para robustecer a "luta de classes" com o ódio étnico e racial. Indígenas e produtores rurais, simplesmente vítimas, prosseguem sob o olhar cúmplice e permissivo daqueles em cujos corações a ideologia substituiu o patriotismo e, às vezes, a fé. Nas áreas conflitadas pela "má-fé", se houver vítimas fatais, o fato será bem-vindo e bem explorado pelos "novos renegados", para encobrir a aparente incompetência do Estado, da União. E em nossas fronteiras, a "práxis leninista", azeitada a holerite e dólar, terá dado mais um passo adiante em sua semeadura de ódios. Até quando?

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