quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Guarani alegam estarem com fome depois que Lula disse que tinha acabado com a mortalidade infantil na região

Não sei se isto é resposta a provocação ou não. O presidente Lula esteve ontem em Campo Grande e disse que não havia mais mortes de crianças Guarani em Dourados porque ele tinha mandado um monte de ministérios tomar conta da situação.

A Folha de São Paulo contestou a ausência de mortes anotando que houve cinco entre janeiro e fevereiro deste ano.

Agora os Guarani Kaiowá e Ñandeva que vivem na pequena Terra Indígena Dourados invadiram a sede do posto indígena e fizeram seis a oito pessoas reféns alegando que há três meses não recebem bolsa família.

Interessante é que hoje mesmo teve notícia do prefeito de Dourados dizendo que estava doando tratores, combustíveis e adubos para o plantio de 1.200 hectares de terra naquela terra indígena. Isto é quase metade de todas as terras.

É conferir e esperar o que vai acontecer.

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Índios invadem posto da Funai em MS e fazem reféns

Eles tomaram o local gritando 'abaixo a fome'; ataque foi após Lula convocar imprensa a conferir 'resultados'

João Naves, do Estadão

CAMPO GRANDE - Um grupo de caciques da etnia guarani-kaiowás invadiu nesta quarta-feira, 1, um posto indígena da Fundação Nacional do Índio(Funai), em Dourados, no Mato Grosso do Sul. Eles tomaram o local gritando "abaixo a fome" e fizeram oito reféns, que estão presos no prédio desde 9h30.

O ataque aconteceu menos de 24 horas depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em discurso que "a imprensa que denunciou a morte de crianças indígenas por fome em 2005 deveria voltar a Dourados para conferir o resultado".

Os indígenas vivem nas aldeias Bororó e Jaguapiru da Reserva Indígena de Dourados. Um dos líderes da invasão, o cacique Lucas Paiva, explicou que a tribo está "passando fome" e não recebe cestas básicas prometidas pelo governo há três meses. "As crianças das duas aldeias estão chupando cana para enganar a fome", afirmou.

Antônio Buttenbend Júnior, chefe do posto indígena invadido, é um dos reféns, além de três professores de artesanato. O coordenador da Funai em Dourados, Eliezer Cardoso, espera até o início da noite resolver o problema e aguarda uma equipe da Polícia Federal para iniciar as negociações. Ele acredita que pelo menos oito pessoas estão reféns dos invasores.

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