Prossegue a disputa no Oeste Catarinense pela Terra Indígena Told Imbu. O político que aprovou o projeto de decreto legislativo para sustar a portaria do Ministério da Justiça é o Deputado Valdir Collato. Ele tem um desprezo profundo pelos índios e insufla os lavradores contra. Fez disso sua bandeira de eleição.
A coisa vai esquentar por lá.
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LILIAN SIMIONI/ Abelardo Luz, para o Diário Catarinense
A questão da demarcação de uma área considerada indígena em Abelardo Luz, no Oeste do Estado, voltou à tona com a aprovação, na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, de um projeto de decreto legislativo, proposto pelo deputado catarinense Valdir Colatto.
Informações que circulavam na cidade, dando conta de que poderia haver uma nova invasão, levaram o advogado dos agricultores, Sérgio Dalben, a avisar a Justiça sobre o risco de ocupação da área. Embora a portaria 793, que demarca uma área de 1.965 hectares como indígena, não tenha sido suspensa com a aprovação do projeto na comissão, a tensão voltou a rondar Abelardo Luz.
Ele ainda precisa ser votado em plenário. Depois, vai ao Senado, para, somente então ser sancionado pelo presidente. Portanto, a portaria não perdeu o efeito pelo fato de o projeto ter sido aprovado na comissão.
Para o administrador da Funai em Chapecó, Pedro Possamai, a portaria tem base na Constituição. Ele criticou a atitude do deputado Colatto e disse que se deveria tentar resolver a situação com solução para os dois lados.
- A aprovação gera uma tendência de que se acirre o conflito.
Conforme o vice-presidente da Federação dos Agricultores de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, a entidade solicitou ao Fórum Parlamentar Catarinense uma audiência com o ministro da Justiça. A intenção é pedir a suspensão da portaria.
- Tentou-se corrigir uma injustiça sem ter conhecimento do assunto. A portaria foi assinada logo que o ministro tomou posse, depois de ficar engavetada por quatro anos.
O deputado Valdir Colatto, ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma nova invasão a partir da aprovação do projeto, afirmou que o conflito pode ser gerado, realmente, se o governo repassar a área aos indígenas.
- São 600 agricultores que resistirão a uma decisão arbitrária do ministro.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
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