Ontem postamos uma notícia que os índios Tirió, do Parque do Tumucumaque, tinham prendido seis funcionários da Funasa até que fossem liberados 1,5 milhões de reais para a Apitu, a associação indígena que terceirizou a saúde indígena na região.
Bem, ontem, eles invadiram a sede da Funasa em Macapá, e depois liberaram os funcionários, aliás, dois eram de Ongs. Assim, prender gente da Funasa compensa aos índios. Parece ser a única maneira de resolvererem os problemas de contabilidade com o órgão.
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Índios invadem sede da Funasa em Macapá
Agencia Estado
Armados de flechas e arpões, cento e cinqüenta índios das etnias karipuna, galibi, palikur e waiãpi ocuparam hoje a sede da Funasa em Macapá exigindo o repasse da segunda parcela, no valor de R$ 1,5 milhão, de um convênio firmado ano passado entre a Funasa e a Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu) para ações complementares na área da saúde.
O repasse deveria ter sido feito há onze meses, o que não ocorreu por causa de problemas na prestação de contas da primeira parcela, no valor de R$ 1,6 milhão, repassada em julho de 2006.
Sem o dinheiro, os índios ficam sem remédios, combustível e alimentação para os doentes. Os agentes de saúde - contratados pela Apitu - estão há onze meses sem receber.
"Estamos aqui para dialogar, mas se não for resolvido pelo diálogo vamos partir para a guerra", ameaçou o cacique Fernando Karipuna.
A pressão deu certo. Hoje à tarde, enquanto as lideranças estavam reunidas, a portas fechadas, com dirigentes da Funasa-AP e representantes do Ministério Público Federal, chegou um fax confirmando o depósito de R$ 1,5 milhão na conta da Apitu. Com isso, os funcionários da Funasa, que estavam sendo mantidos como reféns desde segunda-feira pelos tiriós, no Parque do Tumucumaque, foram libertados.
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
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