Amigos, hoje é Domingo, dia de levar o filho e seus amigos ao FLA X FLU, no Maraca.
Mas os posts dos dias anteriores estão cheios de comentários. O de ontem trata da questão do Plano de Carreira da Funai e da coragem dos servidores em recusar o plano apresentado pelo Ministério do Planejamento. Acredito que os servidores têm boas razões para protestar e forçar uma mudança na Funai.
Também o projeto de reestruturação está um emendão sem graça. Nenhuma coordenação-geral foi criada para que os índios pudessem participar. Não foi criada conselho indígena em princípio, o que é um retrocesso. As mudanças parecem ter sido encomendadas para favorecer não sei quem.
Tirar as administrações de Porto Velho, Campo Grande e Cuiabá é inacreditável. Quem acredita que os problemas de Rondônia podem ser resolvidos em Rio Branco, no Acre. A saída de Rômulo Siqueira, que estava fazendo um excelente trabalho naquele estado difícil, sobretudo com a questão dos Cintas-Largas, foi um erro gravíssimo, cujas conseqüências vão ser sentidas em breve. Há duas coisas mais diferentes do que Porto Velho e Rio Branco, apesar de estarem próximas um da outra?
Estou escrevendo um texto sobre "por que sou rondoniano". Temo que há um controle absoluto dos antropólogos que escreveram contra Rondon e contra o período do SPI. Acham-se uns reizinhos, mas entendem muito pouco de história. Recentemente um historiador americano, Todd Diacon, escreveu um livro muito bem documentado sobre o trabalho de 27 anos de Rondon nas linhas de telégrafo. Esse livro demonstra que os antropólogos que detrataram Rondon, especialmente o autor do livro "Um cerco da paz", cometou erros gravíssimos ao analisar os documentos do período. Segundo Diacon, aquele antropólogo só analisava os documentos para provar o que queria e não para entender o quadro geral do período. Assim, dá a entender que Rondon era um militar que queria dominar os índios e que o Brasil criou uma política indigenista para reduzir as terras indígenas.
Meu ensaio vai trazer tudo isso à tona e vai demonstrar a importância do respeito que devemos ter a Rondon como voz maior da consciência nacional. Lembremos que foram Rondon e o positivistas ortodoxos que declararam pela primeira vez na história e na história mundial que os povos indígenas são nações, com territórios próprios e com culturas próprias e que o Brasil, para ser uma grande nação, tinha que respeitá-los nesse sentido.
domingo, 7 de outubro de 2007
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