terça-feira, 9 de outubro de 2007

CPI das Ongs começa com manobras defensivas

Eu não sei por quê o governo está com medo da CPI das Ongs. É o governo ou alguns políticos que estão com medo?

A matéria abaixo traz informações do Senado Federal que delata as manobras da líder do PT para se proteger da CPI que foi aberta recentmente.

O que todos indigenistas querem saber é: será que as Ongs do indigenismo opostunista que vivem mamando na Funai e no MMA vão ser questionadas?

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Marcelo Rocha
Da equipe do Correio Brasiliense

A base governista busca uma saída para conter a oposição na recém-instalada CPI das ONGs. Aliados do Palácio do Planalto querem limitar a investigação a entidades que receberam os maiores volumes de recursos federais entre 1999 e 2006, além daquelas que permaneceram como beneficiárias de verbas públicas por mais tempo. Os governistas acreditam que, assim, conseguirão engavetar casos que podem causar algum desgaste político ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a outros petistas, caso da líder do bloco de apoio do governo no Senado Ideli Salvatti (PT-SP).

Os partidos da base aliada se deram conta de que o número de potenciais linhas de investigação é hoje bem mais favorável à oposição, o que dificultaria um pacto de não-agressão nos bastidores da CPI. DEM e PSDB pretendem investir em pelo menos quatro casos que envolvem gente próxima do presidente da República, como o da Unitrabalho, entidade ligada a Jorge Lorenzetti - o churrasqueiro de Lula envolvido no escândalo do dossiê tucano - beneficiária de dinheiro público.

Nome indicado por Ideli Salvatti para relatar a CPI, Inácio Arruda (PCdoB-CE) evita falar sobre os rumos da apuração porque ainda não se considera dono do cargo, mas admitiu que vai defender um corte de valores e temporal diante de um universo tão vasto de ONGs. "São centenas de milhares de entidades. Nós vamos ter que sentar e definir um horizonte", justificou.

Ao discursar ontem na tribuna do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) fez críticas à base aliada.

"Começam a ditar regras a uma CPI. Não creio na possibilidade que o relator escolhido vá se submeter a recomendações de não se apurarem fatos graves, porque essas comissões são vistas pela rua, pela sociedade, e atitudes dessa natureza vão provocar revolta", afirmou.

Denúncias

Sem entrar em detalhes, o senador se referiu às denúncias sobre supostas irregularidades na transferência de verbas para a Federação de Trabalhadores na Agricultura da Região-Sul (Fetraf-Sul). O caso envolve pessoas politicamente ligadas Ideli Salvatti.

Fortes garantiu que a CPI das ONGs não é dirigida a quem quer que seja, mas não tardou a se lembrar de outro caso que envolve petistas: "O que o Lorenzetti foi fazer no Pará?". Lorenzetti se tornou, em 2001, diretor de uma cooperativa de produtores de frutas no estado, a Amafrutas. O petista levantou R$ 20 milhões em bancos públicos para a entidade.

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