quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Guarani da Argentina implantam política de contenção dos jovens

A notícia abaixo tem diversos erros fundamentais. O mais evidente é de que seriam poucos os índios da Argentina, quando, na verdade, são quase o tanto que tem no Brasil.

Os argentinos não querem reconhecer os povos indígenas que estão no Chaco e nas províncias do norte, na fronteira com a Bolívia. O movimento indígena da Argentina quer que Maradona se reconheça como descendente do povo Toba, natural do Chaco. Por sua vez, os índios dos Pampas, os Mapuche, Tehuelche e Puelche estão em crescimento e reivindicando terras.

É o que não existe ainda na Argentina, a demarcação de terras indígenas.

O mais interessante nessa notícia é que as lideranças do povo Guarani, de Fortin Mbororé, estão cientes do problema do suicídio entre seus jovens e acham que a solução é voltar para sua própria cultura.

Parece que por lá não tem Ong messiânica! Assim poderão encontrar suas próprias soluções.

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Suicídios levam tribo na Argentina a isolar jovens

Os líderes de uma tribo indígena na Argentina, perto da fronteira com o Brasil, decidiram manter os jovens de sua comunidade sob quarentena por 60 dias. Eles querem limitar o que chamam de desorientação espiritual de seus jovens, que seria causada pela sociedade moderna que cerca a comunidade.

A decisão dos líderes da tribo Guarani em Fortín Mbororé veio depois que dois jovens se mataram e um terceiro tentou suicídio no espaço de uma semana.

O chefe indígena Silvino Moreyra disse que a nova geração está imersa numa crise causada pelos “pecados do homem branco”.

Para evitar qualquer interferência externa, a tribo não permite consumo de álcool e os jovens abaixo dos 20 anos são proibidos de sair do local.

Cerca de 70 voluntários indígenas patrulham os perímetros da tribo para garantir que os adolescentes não desrespeitem as regras da quarentena, que poderá ser estendida caso se prove eficaz.

A tribo Guarani de Fortín Mbororé fica perto das Cataratas do Iguaçu, na fronteira entre Argentina e Brasil, onde muitos de seus indígenas trabalham vendendo trabalhos artesanais.

Em comparação com outros países latino-americanos, a Argentina não tem uma grande população indígena.

Segundo o correspondente da BBC na Argentina, Daniel Schweimler, as comunidades indígenas existentes são geralmente marginalizadas, pobres e lutam para tentar manter línguas e tradições.

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