quarta-feira, 10 de outubro de 2007

OEA vem averiguar desmandos em Rondônia

As denúncias que alguns índios ligados ao movimento indigenista fazem pelo mundo afora são impressionantes.

Para quem conhece a situação em Rondônia, com a pressão dos madeireiros sobre as terras indígenas e a cooptção que fazem de algumas lideranças para vender-lhes a madeira de suas terras, leva a situações como essa denunciada por Almir Suruí. O quanto que é certo e o quanto que é chamar atenção para si, é questão de disputa.

Só lamento que seja uma suposta autoridade de fora que dê legitimidade a essas denúncias. O Brasil não merece.

______________________________________________________

OEA vem a Rondônia apurar denúncias de ameaças

O relator especial da Comissão dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Davi Martins, estará em Rondônia, no período de dois a 20 de dezembro, para verificar denúncias sobre perigo de morte que estão sofrendo Almir Suruí, familiares e integrantes do povo suruí, que vive na Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, em Cacoal.

O líder suruí, que atualmente ocupa o cargo de coordenador Etno-Ambiental da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), também denunciou à OEA a invasão e exploração ilegal de madeira e outras riquezas naturais em TIs de Rondônia. As ameaças de morte ao líder indígena seriam uma resposta à posição tomada pelo mesmo contra a invasão das TIs no Estado.

Recentemente Almir Suruí foi palestrante no II Congresso Latino-Americano de Parques Nacionais e outras Áreas Protegidas, promovido na Argentina, com a participação de representantes de povos indígenas dos países da Região Amazônica. Segundo Almir, “de uma forma geral todos os povos indígenas da região vivem os mesmos problemas, com a falta de um modelo eficiente de desenvolvimento sustentável nas áreas indígenas”.

O Brasil se destaca neste cenário com uma legislação muito boa, embora a sua execução seja questionável. Por outro lado, em outros países latino-americano o movimento indígena está mais organizado, como é o caso da Bolívia, onde um índio assumiu a presidência do país.

Nenhum comentário:

 
Share