Parece que mal saíram do canteiro de obras onde vai se dar o início da transposição do rio São Francisco, um grupo de índios Truká foi se instalar numa fazenda a 15 km de distãncia.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, que lhes dá assessoria, não sairão de lá por alegarem que lhes pertencem.
É muito sofrimento! Chega de tanta manipulação!
Já o CIMI entrou ontem com uma representação contra a Funai, o Ministério da Integração Nacional e o Ibama responsabilizando-os por quaisquer danos que venham a ser causados pela transposição do rio São Francisco. Era só o que faltava! A Funai ser responsabilizada, coitada!
___________________________________________________
Depois de serem retirados da obra do São Francisco, índios invadem fazenda
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
Um dia depois de serem retirados pela polícia do canteiro de obras da transposição das águas do rio São Francisco, em Cabrobó (PE), cerca de 250 índios trucá invadiram ontem uma fazenda localizada a 15 quilômetros da área desocupada. Não houve confronto.
Os índios reivindicam a paralisação definitiva da obra e a demarcação de terras na região. O assentamento Jibóia, do MST, onde os manifestantes acamparam após serem retirados do canteiro de obras, transformou-se na principal base de apoio. Segundo Clarice Maia, integrante da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e assessora dos acampados, todos permanecerão na área por tempo indeterminado. Ontem, um ônibus com 40 pessoas do Ceará chegou ao local.
O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que em 2005 fez greve de fome contra a transposição, deve ir ao acampamento no fim de semana. Ele esteve no canteiro de obras no dia 28 de junho, quando conclamou os invasores a resistirem. A área, tomada à época por 1.200 pessoas -índios, sem-terra e integrantes de movimentos sociais-, foi retomada após nove dias de invasão.
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário