Segundo o jornal O Globo, as licenças dadas pelo IBAMA para a construção das hidrelétricas do rio Madeira foram arrancadas a fórceps, por pressão do Presidente Lula, que parece ter perdido a paciência com as procrastinações.
Em matérias diversas surgem muitas opiniões como essas licenças sairam. Em algumas a ministra Marina Silva diz que tudo foi feito do melhor modo possível e que as exigências do IBAMA melhoraram o projeto de construção. Em outras, a ministra parece ter perdido face diante do Planalto. Em outras, as empresas de construção dão vivas, em outras mais as Ongs contrárias prometem mais protestos.
Essa matéria dá a entender que a pressão do presidente foi tal que até Belo Monte e as usinas nucleares vão sair mais rápido. Quem viver verá.
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Lula deu ultimato para aprovação de licenças
Sem argumentação técnica para negativas, presidente queria resolver logo a questão
Gerson Camarotti
BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um ultimato para que o Ibama concedesse a licença ambiental prévia para a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Contrariado com a demora, o presidente tomou uma decisão política há pelo menos três semanas e aguardava ouvir apenas uma argumentação técnica do Ministério do Meio Ambiente. Como a titular da pasta, Marina Silva, não entregou o que Lula pediu, ele deixou claro que não havia, então, motivos para o licenciamento não sair. Pressionados, Marina e o órgão apresentaram uma solução para o caso.
A avaliação ontem no Planalto era que Marina ficou enfraquecida com a greve do Ibama. A percepção é que os ambientalistas do governo tentavam ganhar tempo no momento em que se exigia pressa para resolver um assunto que angustia o presidente da República para e executar obras prioritárias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A expectativa no Planalto era de que a definição do Ibama estivesse pronta até o final de maio, o que não ocorreu. Diante disso, o presidente passou a cobrar uma solução para o impasse. A insatisfação de Lula ficou clara no fim de junho, quando ele desistiu de participar da comemoração dos 70 anos do Parque Nacional do Itatiaia ao lado de Marina.
O Planalto aponta a lista de 33 condições obrigatórias para o projeto como o maior sinal de que Marina e o Ibama foram derrotados. Os futuros empreendedores do projeto terão que cumprir as exigências em relação à preservação de peixes e ao controle de sedimentos. Quase todas as exigências já tinham sido propostas pela área técnica do Ministério das Minas e Energia e até mesmo pela Odebrecht, responsável por estudo de impacto ambiental.
Na avaliação de assessores palacianos, a definição de Lula em favor das obras no Madeira também tornarão mais rápidos os projetos de Belo Monte (Pará) e Angra 3. Ontem, após visita ao Centro Experimental Aramar, Lula declarou: - Vocês viram que ontem foi liberada a licença prévia do Rio Madeira para fazer Santo Antônio e Jirau. Nós estamos agora no processo de estudar Belo Monte e vamos tentar utilizar todo o potencial de energia hídrica que temos, porque ambientalmente ela é correta e pode ser muito mais barata. Vamos utilizar todo o nosso potencial, e o potencial nuclear é um deles.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
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