Baixou a pressão em cima da FUNAI para abrir estudo sobre terras indígenas no rio São Francisco para os índios Truká. Reivindicação do CIMI mais do quedos próprios índios. Haja visto que na Assembléia da Apoinme (a associação dos índios do NE e MG), realizada em maio deste ano, nem se fala nessa reivindicação. O certo é que o CIMI está meio que abandonando os Guarani do Mato Grosso do Sul, aceitando as negociações da secretaria do MMA para aceitar o fato consumo da expansão do plantio de cana-de-açúcar na região, e assim resolveu centrar fogo nesse chamariz que é o rio São Francisco. Para isso vem tentando envolver os Truká no protesto contra a transposição do rio São Francisco. E vários Truká entraram na jogada.
A matéria está um pouco passada, já que os protestos se encerraram pela retirada do canteiro de obras. Mas a diretoria de assuntos fundiários da Funai nunca pode dizer um não de cara e assim vai cozinhar esse galo por algum tempo.
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Funai confirma que área da transposição do São Francisco é estudada como possível terra indígena
Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um grupo de lideranças dos índios Truká, acompanhado de representantes de entidades do movimento indígena, foi recebido hoje (04) pela diretora de Assuntos Fundiários da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Auxiliadora Leão. Segundo a assessoria de imprensa da Funai, a reunião não teve caráter deliberativo e serviu apenas para que a entidade ouvisse as reivindicações dos índios.
Os Trukás, que participaram do acampamento em protesto contra a transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, encerrado hoje, dizem que a área onde as obras estão sendo realizadas é seu território de ocupação tradicional. Eles exigem a agilização da demarcação da área como terra indígena.
De acordo com a Funai, a terra dos Trukás, com extensão aproximada de 5.800 hectares, já está delimitada e regularizada desde 2002. No entanto, há uma área que está em revisão de limite, que corresponde, de fato, ao local onde estão sendo iniciadas as obras do São Francisco. A Funai confirma que existe um estudo em curso para verificar essa situação.
A Funai ainda não se posicionou sobre o processo de transposição do Rio São Francisco. Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) diz que houve negligência da Funai e do Ministério da Integração Nacional com objetivo de apressar a obra.
“O Cimi avalia que o fato de ninguém da Funai negar conhecimento do pleito indígena evidencia a má-fé do governo Federal em relação ao local de inicio das obras”, afirma a entidade. A Funai não quis comentar as declarações.
Segundo o Cimi, a Funai comprometeu-se a enviar um antropólogo para a área. A assessoria de imprensa da fundação diz que isso ainda não está definido.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
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