terça-feira, 10 de julho de 2007

Mais um Guarani-Kaiowá é assassinado

Notícia que foi originada do site do CIMI está sendo veiculado pelos principais jornais do país, sem maiores detalhes. Esta vem do Jornal do Commércio, de Pernambuco.

O CIMI relata que um pistoleiro bateu à porta da casa do índio Guarani Ortiz Lopez e o fuzilou sem mais nem menos e disse que era a mando dos fazendeiros. A Polícia está no encalço do meliante. Segundo o CIMI, já é o 20º Guarani assassinado este ano por causa de questões de terra. Não sei como eles fazem essa contagem... Mas sempre a fazem.

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Líder indígena é assassinado a tiros

CAMPO GRANDE - O líder indígena guarani-caiová Ortiz Lopes, 46 anos, foi morto a tiros na noite de domingo na Aldeia Taquaperi, no município de Coronel Sapucaia, a 386 quilômetros de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Lopes é o 20º índio assassinado no Estado este ano na luta pela posse da terra.

Ainda segundo o Cimi, Lopes havia recebido ameaças de morte e já havia sido alvo de uma tentativa anterior de assassinato devido aos conflitos entre índios e fazendeiros. A Polícia Civil informou ontem que não havia pistas sobre o autor ou os mandantes do crime.

A mulher de Ortiz Lopes afirmou à Polícia Militar que o assassinato ocorreu às 18h30 de ontem, quando um homem se aproximou de seu marido e, em frente de sua casa, na aldeia, desejou boa-noite antes de disparar três tiros - um no braço direito e dois na barriga. O assassino fugiu em seguida.

No depoimento, ela contou que o assassino avisou que a morte era um acerto de contas com fazendeiros. Lopes foi levado ao hospital do município, mas não resistiu aos ferimentos, segundo a Polícia Civil.

Representantes do Cimi que se dirigiam no começo da noite de ontem à aldeia disseram esperar que a Polícia Federal assuma as investigações ainda hoje. Em janeiro deste ano, Lopes participou, com outras 300 pessoas, de uma invasão a fazendas dentro da área conhecida como Curussu Ambá, em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai. Foram retirados pela PM uma semana depois.

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