sexta-feira, 20 de julho de 2007

Bauru abandonado

Depois de muita confusão, duas invasões da Administração da Funai em Bauru por parte de um grupo de índios, essa Administração está abandonada.

Os jornais da cidade reclamam que nada se fez até agora e que um interventor não foi nomeado.

Segundo a matéria, a Funai disse que um interventor precisa passar por consultas na Casa Civil, o que não é verdade. Basta uma simples portaria da presidência. O fato é que fizeram promessas à toa e ainda não acharam quem substituir o antigo administrador. Deixando como está a tendência é ficar pior.

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Funai de Bauru está abandonada

Sem administrador há três semanas, órgão já está com contas de aluguel, água, luz e telefone sem pagamento
Rita de Cássia Cornélio
A regional Bauru da Fundação Nacional do Índio (Funai) está à beira de um colapso. Sem interventor ou novo administrador, o órgão está com o pagamento de aluguel atrasado desde o início do mês, além de contas de água, luz e telefone. Os fornecedores também estão no aguardo da nomeação de uma pessoa que possa assinar documentos e responder pelo expediente.

As correspondências continuam lacradas e o caos só não é maior porque os funcionários continuam cumprindo horário, porém, sem poder dar andamento nos projetos e no trabalho, sem o poder de decisão, papel do administrador ou interventor.

Os servidores, segundo o chefe de administração Arnor Gomes de Oliveira, consideram o cúmulo do absurdo. "As pessoas ligam e nós pedimos desculpas pelos atrasos nos pagamentos. O pior é que não sabemos quando a situação vai ser resolvida."

Oliveira explica que na superintendência da Funai em Brasília a resposta é sempre a mesma. "O nome do interventor será divulgado nos próximos dias."

O problema, na opinião dele, é que o papel institucional do órgão fica comprometido com a espera. "Desde o mês passado que estamos nessa situação. Estamos engessados. A assistência às comunidades indígenas, as atividades agrícolas, além da jurídica, fundiária e habitação estão paradas."

Oliveira lembra que assuntos ligados à construção de moradias indígenas teriam que estar sendo discutidas com a CDHU. "Não tem uma pessoa designada para isso, porque não temos administrador."

A crise na regional Bauru começou depois da ocupação de lideranças indígenas que exigiram o afastamento do então administrador Newton Machado Bueno. O funcionário foi afastado do cargo e a superintendência prometeu, à época, nomear um interventor.

Na semana passada, a assessoria de imprensa do órgão alegou que o processo de escolha de um nome é demorado, porque depende do resultado de pesquisas feitas junto a outros órgãos públicos. A pessoa indicada não pode ter pendência alguma junto aos órgãos públicos ou justiça.

Ontem, a assessoria de imprensa não respondeu aos pedidos de informações feitos via telefone.

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