sábado, 28 de julho de 2007

Aracruz reage a invasão dos Tupininkim

A empresa de celulose Aracruz reage à invasão dos índios Tupininkim aos seus extensos plantios de eucalipto para celulose. Essa briga não vai ter fim enquanto não houver alguma negociação.

Isto foi o que pensou o ministro Márcio Thomaz Bastos, quando devolveu à Funai, em março deste ano, o relatório aprovado por mim em agosto de 2006.

______________________________________________

Aracruz Celulose aciona Justiça Federal e MPF sobre ocupação indígena

AMANDA ZAMBELLI
azambelli@redegazeta.com.br

Mais uma vez o conflito entre os índios e a Aracruz Celulose vai parar na Justiça. A empresa vai acionar a Justiça Federal e o Ministério Público Federal, nesta sexta-feira (27), para solicitar a reintegração de posse da área ocupada.

Em março deste ano, a Aracruz Celulose obteve junto à Justiça Federal de Linhares, a reintegração de posse da área de 11 mil hectares, mas a área não foi desocupada pelas tribos indígenas, que afirmam serem as terras de posse dos índios. Ainda no mês de março, depois de conhecer a contestação da Aracruz, o então Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, devolveu à Funai o processo relativo à ampliação das reservas indígenas.

No processo, foi determinado que o órgão aprofundasse estudos "com vistas a elaborar proposta adequada, que componha os interesses das partes". Na semana passada, a companhia tomou conhecimento, através dos meios de comunicação, de que a Funai devolveu o processo ao Ministério da Justiça.

A assessoria de imprensa da Aracruz disse que uma proposta conciliatória já foi apresentada e que está aberta a discutir as condições necessárias para que haja um acordo nesta questão.

Apesar disso, de acordo com o cacique Antônio Carvalho, desta vez, nenhum funcionário da Aracruz Celulose foi ao local onde os indígenas estão ocupados para apresentaram qualquer proposta.

O grupo com cerca de 500 índios, das etnias Tupinikim e Guarani, estão ocupados em uma área onde estão plantados eucaliptos da Aracruz Celulose, no município de Aracruz, desde a manhã de terça-feira (24).

O cacique Antônio Carvalho explicou que a ocupação ocorreu devido à demora do Governo Federal em solucionar a questão relativa à ampliação da reserva indígena no Norte do Espírito Santo, já que as terras haviam sido devolvidas à Funai para realização de estudos antropológicos.

Nenhum comentário:

 
Share