domingo, 10 de junho de 2007

Onda de violência na Terra Indígena Dourados

Matéria do Correio do Estado de Mato Grosso do Sul trata de uma onda de violência que está ocorrendo em Dourados contra os índios Guarani. Ninguém sabe quem está fazendo esse estrago, se os próprios índios, se gente de fora. Já quatro índios foram mortos e dois feridos.

E o tal Grupo Interministerial que criou a Administração de Dourados e extinguiu a de Amambai, o que está fazendo? Por que não estabelece um relacionamento sério com a polícia local?

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Onda de violência continua fazendo vítimas em reserva indígena

Fábio Dorta, Dourados

A onda de violência continua crescendo na Reserva Indígena de Dourados. Mais duas tentativas de assassinato contra adolescentes foram registradas pela polícia no final de semana nas aldeias Bororo e Jaguapiru. As vítimas foram internadas em estado grave no Hospital Evangélico.

A primeira ocorrência do final de semana foi registrada por volta das 16h de sábado na Aldeia Jaguapiru. De acordo com a ocorrência registrada no plantão do 1º Distrito Policial, um adolescente de 16 anos de idade chegava em casa quando foi abordado por um homem identificado apenas como "Parô", que deu um golpe de faca contra o peito do menor.

O autor do crime fugiu. O menor foi socorrido por uma equipe da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e encaminhado para o pronto-socorro do Evangélico, onde permanece internado e seu estado de saúde inspira cuidados.
Outra tentativa de homicídio ocorreu ontem, por volta das 3h da madrugada na Aldeia Bororo, a mais violenta da Reserva Indígena. Um menor de 16 anos de idade voltava para casa quando, nas proximidades da Escola Augustinho, uma mulher se aproximou e perguntou se ele tinha cigarros.

Neste momento, de acordo com o que foi apurado pela polícia, um homem se aproximou da vítima e efetuou três golpes de facão. O menor foi atingido com dois golpes na cabeça e outro nas costas. O agressor fugiu e a vítima foi socorrida e internada em estado grave no HE.

Nos últimos dias, quatro indígenas foram assassinados nas aldeias do município, sendo três casos na última quinzena de maio, em um espaço de sete dias, e outro em junho. A maioria dos crimes tem ocorrido nos finais de semana e pelos menos dois assassinatos foram praticados com requintes de crueldade.

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