domingo, 10 de junho de 2007

Dia D no affair Guajajara-Núcleo de Apoio-Funai

Hoje é dia D para o affair Guajajara-Núcleo de Apoio na região de Barra do Corda. Estão aguardando a chegada de uma equipe da Funai para negociar a abertura da rodovia BR-226 que a fecharam há alguns dias. Querem a reabertura das unidades gestoras dos dois núcleos de apoio que servem a eles. Isto sem falar no terceiro núcleo que existe em Barra do Corda para os índios Canela. Estes irão eventualmente se manisfestar após o desfecho do caso Guajajara.

Muitas notícias no Maranhão sobre esse caso. A que vem abaixo trata da reação dos caminhoneiros ao fechamento da BR-226. É reação perigosa. Há outras notícias em diversos jornais nacionais. Uma, do jornal "Estado do Maranhão" trata do boato de que os Guajajara já teriam desatarrachado uma das torres de transmissão de energia que passa em sua terra. Outra diz que a Eletronorte não está preocupada com isso pois acha que já fez seu acordo com os índios.

Os barracordenses estão com medo de ficarem sem energia e sem comestíveis.

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Caminhoneiros interditam Barra do Corda

SÃO LUÍS - Quatro dias após os indígenas terem bloqueado a BR-226, à altura da reserva Cana Brava, a cerca de 23 km da sede de Barra do Corda, agora foi a vez dos caminhoneiros, revoltados, também interditarem a saída da cidade em direção a Presidente Dutra. A outra saída, para Grajaú, estava sob ameaça também de ser fechada. Assim, aproximadamente 80 mil pessoas estão impossibilitadas de entrar ou sair da cidade, uma das cinco maiores do Maranhão.

De acordo com informações de moradores de Barra do Corda, os caminhoneiros iniciaram o movimento por volta das 9h, no trecho próximo à Vila Miguelzinho, no bairro Trizidella, no sentido Barra do Corda - Presidente Dutra. Esse trecho foi bloqueado por aproximadamente 30 caminhões colocados no meio da pista. A expectativa, até o fim da manhã de ontem, era de que a outra saída da cidade, próxima à fazenda Chapada, já no sentido Barra do Corda - Grajaú, também deveria ser bloqueada pelos caminhoneiros durante o fim de semana, evitando, assim, que os moradores saiam da cidade em direção aos dois municípios.

Os caminhoneiros querem chamar a atenção do Governo Federal para que seja colocado um ponto final no impasse entre indígenas e Fundação Nacional do Índio (Funai). Além disso, uma outra preocupação dos caminhoneiros é com as cargas perecíveis. Algumas, inclusive, já estão com risco de se perder por causa da manifestação dos Guajajara.

A manifestação preocupa moradores de Barra do Corda, pela possibilidade de a cidade ficar sem abastecimento, já que, agora, nenhum veículo pode entrar ou sair da cidade.

INTERDIÇÃO

A interdição das saídas da cidade de Barra do Corda é apenas uma resposta dos caminhoneiros ao bloqueio da BR-226 pelos indígenas da aldeia Santa Maria, na reserva Cana Brava, entre os municípios de Barra do Corda e Grajaú, ocorrida desde às 8h de terça-feira última. O motivo da manifestação indígena, mais uma vez, é a transferência do polo da Fundação Nacional do Índio (Funai) daquela região para o município de Imperatriz. Esta é a segunda manifestação do gênero. A primeira ocorreu em maio último, pela mesma razão.

Dessa vez, os indígenas exigem a presença da imprensa na aldeia, bem como de representantes da Funai de Brasília (DF) para mostrar a situação em que os índios da reserva Cana Brava se encontram.

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