segunda-feira, 11 de junho de 2007

Governador do Amazonas dá calote na Coiab

O governador do Amazonas, Eduardo Braga, teve a esperteza de criar uma fundação estadual para os povos indígenas de seu estado, ainda na sua primeira administração. Parecia coisa progressiva. Só que nunca lhe deu dinheiro e planejamento. Alguns índios arranjaram uns empregos urbanos, os diretores da FEPI e outros viajaram pelo estado proclamando a boa vontade do governador, e sól

Na nova administração de Braga, até agora nada. A Coiab tenta emplacar uma secretaria de assuntos indígenas e cobra do governador o cumprimento de tal promessa. Difícil. Agora ameaça. Pior ainda. O que o governador quer é enfraquecer a Funai e abrir as terras indígenas para a mineração e o manejo florestal. Se vai conseguir são outros quinhentos.

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Coiab cobra promessa de Braga para os índios

O movimento indígena deu um ultimato ao Governo do Estado. O governador Eduardo Braga tem até amanhã para se manifestar a respeito dos rumos da política indigenista no Amazonas, caso contrário, as organizações indígenas vão procurar "outras formas de organização e de defesa de seus direitos".

Entre outros pontos para discussão com Braga, os índios cobram a criação da Secretaria dos Povos Indígenas, que, segundo eles, seria um compromisso de Braga para o segundo mandato. A secretaria seria formada a partir de um "amadurecimento" da Fundação Estadual de Política Indigenista (Fepi).

Os indígenas também exigem que a Fepi, enquanto existir, saia da influência da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e passe para a Secretaria de Estado de Governo (Segov).

"Estamos há seis meses insistindo com o governo para ter um posicionamento, mas não somos respeitados, nem sequer recebemos resposta das inúmeras cartas protocoladas. Achamos que é um desrespeito. Encaminhamos uma última carta, pedindo que até terça- feira que o governo se posicione sobre o movimento indígena", disse o coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), o saterê mawé Jecinaldo Barbosa.

Só no papel
O coordenador relatou que em seu primeiro mandato, Braga discutiu a política indigenista a ser implantada no Estado com o movimento indígena. Dessa discussão surgiu a Fepi, que, segundo ele, seria a contraproposta do governador à exigência dos índios de uma secretaria dos povos indígenas.

A assessoria de imprensa da Fepi explicou que a indefinição no órgão é a mesma que afeta outras instâncias do Governo do Estado após a lei delegada e o choque de gestão. Segundo a assessoria, o governo passou a ter uma nova estrutura, com a criação de alguns cargos e extinção de outros e, no caso da Fepi, até mesmo a direção do órgão está indefinida.

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