quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Situação dos índios paraguaios preocupa a OEA

A OEA enviou ao Paraguai membros da Corte Americana de Direitos Humanos para averiguar a situação dos índios de lá e de meninos de rua. A matéria abaixo dá alguns dados, mas deixa muita coisa no ar. São 100 mil índios, destes, 60 mil são Guarani. Os demais estão no Chaco e nas florestas do Caaguazu. Há um povo indígena em isolamento, os Ayoreo, cujas terras estão sendo invadidas.

Estive em Assunção em setembro do ano passado e conheci o Inpe, que é a Funai de lá. Só ver para crer. Parecia uma repartição da década de 1930, num prédio histórico decrépito e com muitos índios Guarani pelas redondezas buscando algum auxílio. São pouquíssimas as terras demarcadas, e assim se pode acreditar por que tantos índios Gurani estejam migrando para o Brasil.

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CORTE DE DIREITOS HUMANOS EXPRESSA PREOCUPAÇÃO POR INDÍGENAS

A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou hoje ao governo paraguaio sua preocupação com a precariedade das comunidades indígenas no país, com os meninos-de-rua e com os jovens que estão em centros militares.

O presidente da CIDH, Flroetín Melendez, aproveitou sua passagem por Assunção, por causa da sessão extraordinária do organismo sobre algumas questões pontuais da região, e fez uma visita ao presidente do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos.

"Demos ênfase à situação de precariedade dos povos indígenas do Paraguai", afirmou Meléndez, enquanto destacou que para a CIDH não interessa a quantidade de indígenas afetados pelo problema, mas sim seu direito a terem uma vida digna.

Estima-se que no Paraguai existam 100 mil indígenas, vários pertencentes a etnias que sofrem problemas de posse de terra.

Pequenos grupos acampam em praças e outros lugares de Assunção em precárias condições.

Meléndez ressaltou ainda a necessidade dos povos indígenas terem acesso à água potável e disse que Duarte Frutos lhe reafirmou o compromisso de investir em planos de assistência nesse setor.

"Também expressamos nossa preocupação pela situação da infância, como a dos meninos de rua e das crianças que estão em centros militares", afirmou.

O presidente da CIDH declarou que recebeu convite permanente do governo paraguaio para visitar o país, sem restrição alguma.

A CIDH iniciava hoje sua reunião plenária em Assunção, que dura até sexta-feira e nesse intervalo deve realizar audiências públicas. (ANSA)

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