A notícia indigenista da semana parece que vai ser a movimentação dos arrozeiros contra a retirada de suas pessoas e posses da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
O Jornal Folha de Boa Vista, de Roraima, já sai hoje com três matérias. Estão acampados em frente ao prédio da PF, em Boa Vista. Num outro bairro, estão embarrerando a BR 174.
É impressionante a resiliência desse Quartiero, que até já foi destituido da prefeitura de Pacaraima e agora se agarra com unhas e dentes ás terras invadidas. Também o senador Mozarildo Cavalcanti não arreda pé de sua briga contra os índios e para que os arrozeiros fiquem nessa terra.
Configura-se tudo como uma luta de brancos contra índios, nos moldes clássicos da história brasileira.
__________________________________________________
Arrozeiros acampam em frente à PF
Shirleide Vasconcelos
Funcionários de empresas de arroz, sem-terras, pecuaristas, políticos, representantes de associações de bairros de Boa Vista e rizicultores estão acampados desde sábado à tarde em frente à Superintendência da Polícia Federal em Roraima (PF).
A mobilização foi devido à possibilidade da realização de uma operação militar para retirada de não-índios na terra indígena Raposa Serra do Sol, anunciada extra-oficialmente para acontecer neste mês de setembro. Por pelo menos duas horas, a avenida Ville Roy, em frente a PF, ficou interditada.
Os manifestantes fizeram barricadas com sacos de arroz, para fazer uma barreira. Um caminhão atravessando a pista impedia a passagem de veículos sentido bairro/centro. Eles também instalaram três toldos tomando todo o espaço da pista e ainda despejaram palha de arroz no meio da avenida.
O presidente da Associação dos Arrozeiros, Paulo César Quartiero, explicou que a mobilização seria para reivindicar respeito. Já o deputado federal Márcio Junqueira (DEM) afirmou que a manifestação é pacífica e não há prazo para terminar.
Eles anunciaram ainda que esta seria apenas uma das várias ações. Havia a possibilidade de fecharem a BR-174, sentido Boa Vista/Manaus, na madrugada de ontem, o que não aconteceu.
A mobilização, que tem o apoio da Famer (Federação das Associações dos Moradores de Bairro), teve momentos de tensão. Um deles foi quando um carro-guincho chegou ao local, provavelmente para retirar a caçamba que estava atravessada na avenida, o que não ocorreu.
Duas horas após a interdição, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar ameaçaram aproximar-se dos manifestantes que se aglomeravam embaixo dos toldos. Eles sentaram na avenida, enquanto representantes do movimento e do Governo do Estado negociavam. Logo em seguida, os PMs se afastaram e foi anunciada a liberação de uma parte da pista.
A PM chamou uma pá-carregadeira da Usina de Asfalto do governo e retirou do meio da avenida a palha de arroz, para liberar o trânsito.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário