Os Enawene-Nawê são um povo muito especial, com um modo de vida bastante diferenciado. Por exemplo, sua fonte básica de proteína é o peixe. Como os índios do Alto Xingu não comem caça nenhuma. Por isso valorizam tanto seus rios.
Num deles, o rio Preto, que não foi demarcado dentro de sua terra indígena, os Enawene-Nawê usavam e ainda usam para fazer suas barragens de pegar grandes quantidades de peixe. Eles vêm reivindicando esse rio como parte de seu território, e isto está causando conflitos sérios na região.
Também protestam seriamente contra um plano de pequenas centrais hidrelétricas na bacia do rio Juruena, que atravessa suas terras. As pch estão fora do território indígena, mas o receio é tão grande e a explicações que lhes dão são tão alarmantes, que eles resolveram fechar a estrada que liga uma das pch com a rodovia.
Agora exigem dinheiro para sair. Aí a coisa fica mais difícil de conquistar simpatias por sua causa.
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Diário de Cuiabá
ADILSON ROSA
Os cerca de 120 índios da etnia enawene nawe continuam irredutíveis e só aceitam desbloquear a estrada de acesso ao rio Juruena, na cidade de Campos de Júlio (município localizado a 550 quilômetros da Capital) após ter o dinheiro no bolso. No rio estão sendo construídas cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) pelo grupo Sidezal. Os índios querem receber a compensação financeira que a empresa responsável havia concordado em pagar a eles, embora as usinas estejam sendo construídas fora da reserva indígena.
O superintendente de Assuntos Indígenas de Mato Grosso, Rômulo Vandoni, participou da reunião e levou a proposta de uma reunião na próxima terça-feira em Cuiabá com os segmentos envolvidos – Ministério Público Federal, Funai e representantes da empresa. Ninguém informou o valor exigido pelos índios.
“O recurso exigido pelos índios está assegurado”, garantiu o secretário chefe da Casa Militar, coronel Orestes Oliveira. Ele acrescentou que os enawene nawe querem o recurso diferenciado por etnia. Até o fechamento desta edição, os índios não aceitaram desbloquear a estrada. O movimento indígena começou na quinta-feira à tarde. Os índios estão armados com arcos e pedaços de pau, segundo a Funai.
domingo, 9 de dezembro de 2007
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