O que estavam fazendo essas pessoas na Terra Indígena Roosevelt? Visitando o garimpo? Fazendo turismo? Para alguém como um membro da ONU entrar numa área indígena deveria ter permissão da Funai em Brasília e ter um propósito claro. O que poderia ser esse propósito? Segundo os índios, a noiva do procurador estava com ele na ocasião. Então era turismo, apesar das advertências explícitas do delegado da Polícia Federal?
O fato é que todos os jornais de hoje estão alarmados com essa notícia. Na nossa seção Notícias Online basta clicar em Artigos Relacionados e verão detalhes de cada jornal eletrônico.
Em um desses jornais os Cintas-Largas exigem a presença do presidente da Funai para negociar a libertação dos reféns. É provável que mande um representante. Ter demitido o Rômulo Siqueira da Administração de Porto Velho, ter extinto essa administração e o transferido para Ilhéus foi um equívoco simplório.
O que os Cintas-Largas querem é eles mesmos terem o comando da mineração em sua área. Isto quer dizer, negociar com cada garimpeiro a sua entrada e receber royalties por isso. Um por um, líder por líder. Seria o controle sobre uns 2.000 garimpeiros. Da última vez em que isto foi feito, entre 2002 e 2004, o resultado foram muitas mortes, inclusive a dos 29 garimpeiros em abril de 2004.
Os Cintas-Largas não confiam mais na Polícia Federal, que desde 2005 está na região patrulhando as entradas de garimpeiros. Mas é um patrulhamento estranho porque grandes máquinas terminam entrando e elas só podem entrar por algum ramal de estrada.
Por sua vez, os Cintas-Largas, ou seus líderes envolvidos no garimpo, alegam que, ou a Funai lhes proporciona recursos à altura do garimpo, ou eles abrem o garimpo. Com isso, contraem dívidas impagáveis nas cidades vizinhas, Cacoal, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno, e seus credores exigem ser pagos em diamentes.
Por cima de tudo, há o valor dos diamantes e a máfia de compradores e traficantes. Estes têm peso, dinheiro, máfia. Por que não foram pegos de uma vez é também um mistério.
Os Cintas-Largas estão numa sinuca de bico.Querem sair dela jogando o taco na mesa e espalhando as bolas. A Funai, a política indigenista brasileira, o Estado brasileiro também estão em maus lençóis, mas têm que seguir algumas regras.
Sair dessa é difícil dadas as condições de realização da política indigenista atualmente.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário