Ontem, o relator de direitos indígenas da ONU, Rodolfo Stavenhagen, soltou um relatório em que se mostra preocupado com a continuidade da discriminação de indígenas na Bolívia, mesmo após o governo Evo Morales. Aliás, Stavenhagen considera Morales uma espécie de Nelson Mandela da América do Sul, capaz de redimir a história dos povos indígenas da Bolívia. Morales, que passou 12 dias na Bolívia, também elogia o novo governo do Equador, como favorável aos povos indígenas.
Entretanto, sua observação da continuidade da discriminação parece gratuita. É difícil pensar qual o sentido desse argumento, já que grande parte da política social do presidente Evo é para diminuir as disparidades entre indígenas bolivianos e os chamados criollos, os brancos. O relator quer dizer que a Bolívia piorou? É evidente que entre os brancos a discriminação, o preconceito não podem se acabar de um dia para o outro. Pode até ser que, em algumas áreas sociais, o preconceito tenha aumentado como uma reação dessa elitizinha ao ver a ascensão dos indígenas. Assim, não faz muito sentido essa observação de per se.
Por outro lado, a Ong Survival International soltou uma nota pesada denunciando os 10 "bestas-feras" do indigenismo mundial. Entre eles inclui o Brasil. É um erro crasso comparar o Brasil com o que está acontecendo no Peru, na Malásia, Rússia, em Botswana e outros países. O relatório dá a entender que há uma condescendência do Brasil com o fato de que fazendeiros do Mato Grosso do Sul contrataram seguranças e que estão atacando os índios. Não ver que tal ato é inaceitável tanto pelo governo, quanto pela Funai, quanto pelo povo brasileiro em geral -- é uma desconsideração ao país e suas centenária política indigenista!
Vejam as matérias citadas no nosso Notícias Online, ao lado
sábado, 8 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário