Para quem tem filho que nasceu no dia de hoje, é bom comemorar, de longe ou de perto.
O fim do ano está se aproximando, mas ainda há muito que fazer. Provas a corrigir, conversas de fim de ano, comemorações, esperanças a surgir.
No panorama indígena brasileiro, parece que o ano sai melancolicamente. A promessa de um plano de carreira indigenista morreu na praia. O Plano que havíamos deixado no Ministério de Planejamento foi retalhado e rebaixado a um plano burocrático. A carreira de indigenista, que atinge a quase todos os funcionários da Funai, a muitos da Funasa e alguns do MEC e de outros ministérios, foi abandonada. Lamentável.
No plano da estruturação, os funcionários viram uma idéia muito estranha e medíocre. Pretende acabar com algumas administrações, inclusive em grandes capitais, como Campo Grande, Cuiabá e Porto Velho. E pretende fazer mudanças no vocabulário conceitual, transformar o antigo posto indígena em "representação indígena". Muita covardia e muita submissão ao linguajar burocrático do momento. Desrespeito ás tradições indigenistas rondonianas.
A Funai está dominada pelas Ongs neoliberais, que se aproveitam de seu poder para saqueá-la. Obter documentos preciosos, definir metas e relações com empreiteiros. Fazer o serviço de cara dupla, prometem mundos e fundos aos índios e por trás fazem acordos com os interesses econômicos. Morder e soprar. Diminuir cada vez mais a força da Funai, vê-la sangrar e achar bom.
A única saída é esperar pelo futuro. Aguentar as coisas, pois nada se pode fazer.
domingo, 23 de dezembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário