quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Índios liberam funcionários da Funasa no Alto Xingu

Bem, chegou a bom termo, sem prejuízos pessoais graves, o impasse que havia entre a Funasa e índios Ikpeng do Alto Xingu, que haviam tornado reféns 11 funcionários da Funasa. A Funasa recuou e trouxe de volta o coordenador de saúde do Alto Xingu. Levaram 7 dias para isso ser resolvido.

Assim, passo a passo, os índios vão determinando como deve ser feito o seu atendimento de saúde. Mesmo que seja pela agressão.

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Fim do impasse e liberação de reféns por índios

KEITY ROMA
Da Reportagem

Os reféns que estavam retidos no Parque Nacional do Xingu pelas lideranças indígenas deixaram o local ontem de avião. O impasse se estendeu por sete dias, e não nove conforme foi divulgado pelo Diário anteriormente. A presença do coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Marco Antônio Stangherlin, na área foi exigida para a liberação do grupo.

Stangherlin foi para Canarana anteontem e, após se reunir com representantes dos índios, seguiu para o Xingu. “Os índios fizeram alguns questionamentos sobre a portaria que municipaliza o atendimento de Saúde das etnias e ficou tudo esclarecido”, relatou ele, que retornou ontem no final da tarde para a Capital. Alguns tópicos da discussão serão levados para a diretoria da Funasa, em Brasília.

Os servidores da Funasa de Canarana, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um funcionário da Casa de Apoio ao Índio (Casai) de Sinop estavam no Posto Indígena Pavuru, um dos pólos no Xingu, discutindo o Plano Distrital de Saúde para os próximos anos.

Na quinta-feira, todos ficaram retidos devido à insatisfação das lideranças indígenas com a exoneração de um servidor da Funasa, Jamir Alves Ferreira. Esta semana a Funasa reconduziu Ferreira ao cargo, mas os índios ampliaram as reivindicações e o coordenador regional teve de ir ao território.

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