quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Cientistas contra as Ongs ambientalistas

Finalmente uma luz no fim do túnel em relação à arrogância das Ongs ambientalistas. Mais de cem cientistas reunidos em Petrópolis, estado do Rio de Janeiro, fizeram uma avaliação da proposta das nove grandes Ongs para parar com o desmatamento da Amazônia e chegaram a conclusão que é uma proposta inaceitável e temerária.

Todos assinaram uma declaração contra a proposta das Ongs. É uma primeira reação à hegemonia das Ongs em dizerem o que querem em relação ao meio ambiente.

Lembrem-se que a proposta referida foi lançada com estardalhaço no Congresso Nacional, contando com o apoio de alguns deputados que fazem parte desse grupo. Das nove Ongs, seis eram estrangeiras e elas estão a cada dia mais manda-chuvas. A principal objeção dos cientistas era de que gastar 1 bilhão de reais pagando os fazendeiros para eles não desmatarem significa premiar por premiar. Eram as Ongs cumprimentando os fazendeiros com chapéu alheio, o do governo.

A declaração é uma reação saudável. Agora as Ongs vão correr atrás dos cientistas para eles recuarem ou dizerem que não estavam tão mal assim suas propostas.

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Cientistas rejeitam proposta de ONGs para a Amazônia


Petrópolis - Cientistas criticaram ontem uma proposta de organizações não-governamentais para acabar com o desmatamento na Amazônia nos próximos sete anos. A iniciativa, apresentada no início de outubro com o nome 'Pacto pela Valorização da Floresta e pelo Fim do Desmatamento', tem como princípio o uso de recursos públicos (R$ 7 bilhões no total) para premiar financeiramente fazendeiros, Estados e comunidades que deixarem de desmatar. Na prática, dizem os pesquisadores, isso significaria pagar as pessoas para cumprirem a lei, além de não garantir a conservação da floresta.

"É uma proposta extremamente temerária", disse o economista Francisco de Assis Costa, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). "Vão dar dinheiro para quem sempre desmatou: fazendeiro, madeireiro, grileiro", ressaltou a diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Vieira. Ambos participaram ontem do seminário da Rede Temática de Pesquisa em Modelagem Ambiental da Amazônia (Rede Geoma), em Petrópolis (RJ). No encerramento do evento, os mais de cem pesquisadores presentes aprovaram uma carta de repúdio ao pacto da ONGs.

A idéia é valorizar a floresta em pé de forma a torná-la economicamente mais competitiva na comparação com a pecuária e a agricultura. A proposta das ONGs usa o conceito de pagamento por serviços ambientais que hoje são prestados "gratuitamente" pela floresta, como retenção de carbono e produção de chuvas. Assim, proprietários que deixassem de desmatar seriam pagos pela preservação dos serviços. O custo anual estimado é de R$ 1 bilhão. A proposta é assinada por nove grandes organizações: ISA, Greenpeace, Ipam, ICV, Conservação Internacional, TNC, Imazon, Amigos da Terra e WWF.

Para pesquisadores do Geoma, o mais lógico seria penalizar quem desmata ilegalmente, em vez de premiar aqueles que cumprem a lei. Para Ima Vieira, o pagamento por serviços ambientais só faria sentido em situação de legalidade. Não é o caso da Amazônia, onde quase todo o desmatamento é ilegal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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