sexta-feira, 9 de novembro de 2007

PF faz varredura em Antônio João

Para não dizerem que o governo não está fazendo nada, a PF foi ao município de Antônio João, onde está localizada a Terra Indígena Ñanderu Marangatu, e apreendeu uma série de armas de fazendeiros e capatazes de fazendeiros.

Os índios Guarani que vivem na Aldeia Campestre (onde foi assassinado Marçal Tupãi, a grande voz dos Guarani até a década de 1980, haviam denunciado que eles estavam sendo vítimas de intimidação por parte desses capatazes e seguranças.

Agora vamos ver se as coisas amainam. Mas a questão: Por que o Ministro César Peluccio não decide sobre a questão dessa Terra Indígena?

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Agentes apreendem armas de fazendeiros

Da equipe do Correio Braziliense

Cada vez mais intensa, a briga fundiária entre índios e fazendeiros no município de Antônio João, a 300km de Campo Grande (MS), mobilizou a Polícia Federal (PF). Ontem, agentes federais apreenderam seis armas - duas delas de uso exclusivo das Forças Armadas - em propriedades localizadas na região, considerada um dos pontos mais críticos da disputa de terras no país. De um lado, os índios guaranis-caiouás denunciam a violência praticada por seguranças das fazendas, com tiros para o alto e estupros. Do outro, fazendeiros alegam que suas áreas estão sendo invadidas sistematicamente pelos índios.

A disputa pelos 9.300 hectares de terra se arrasta desde 2005, quando a União chegou a homologar a área, demarcada pela FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (Funai), reconhecendo o direito de posse dos índios, mas os fazendeiros conseguiram uma decisão no Supremo Tribunal Federal que paralisou o processo. No último mês, os ânimos se acirraram, levando a comunidade indígena a se mobilizar. Os índios denunciaram ao Ministério Público Federal que os funcionários das fazendas estavam fazendo disparos a menos de 50m das casas da aldeia.

"Há muitos pistoleiros nessas propriedades. Eles atiram de cima para baixo", reclama Léia Aquino, professora na região e uma das lideranças dos índios guaranis-caiouás no Mato Grosso do Sul. Pelo menos três casos de estupro, ocorridos este ano, contra mulheres da aldeia também chegaram ao conhecimento das autoridades. Em um deles, o marido da vítima teria sido espancado ao tentar defendê-la, segundos os relatos dos índios. A Anistia Internacional se mobiliza para pedir providências ao governo brasileiro.

O Ministério Público Federal também trabalha para apurar as denúncias. A ação da Polícia Federal ontem partiu de uma representação feita pelo procurador da República Flávio Carvalho, que atua em Ponta Porã, à Justiça Federal. A intenção da PF, agora, é tornar freqüentes as operações de apreensão de armas na localidade para tentar reduzir a violência.

Além das seis armas, foram apreendidas duas motosserras, um radioamador e agrotóxicos sem documentação nas fazendas. Os cerca de 40 agentes envolvidos na operação também vasculharam algumas casas de índios, mas não encontraram nada ilegal. Um funcionário da Fazenda Fronteira, que pertence a Dácio Queiroz, ex-prefeito de Antônio João pelo PMDB, foi preso. Ele acompanhou por telefone a movimentação dos policiais federais, mas não quis falar com a imprensa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os indios de Antonio João Robam bicicletas cometem crimes como todos os tipos de violencia , roubo ameaçaram um radialista local e étc.

os antropologos dos indios plantão ossadas de indios nas terras dos fazendeiros, para dizerem que a terra é indigina

Indios do Brasil são folgado tem proteção do governo e acham que podem tudo tem é que meter bala mesmo para ver se aprende onde é seu lugar

 
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