terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Folha de São Paulo repercute permanência dos índios em Brasília


19/01/2010 - 13h36

Índios descumprem acordo e mantêm ocupação na sede da Funai em Brasília




Cerca de 150 índios permanecem ocupando a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio), em Brasília, nesta terça-feira, em protesto contra a redução no número de coordenações regionais após o decreto 7.056, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 28 de dezembro do ano passado.

Eles estão no local desde o início da semana passada. A pedido da fundação, a Justiça havia determinado que os manifestantes deixassem o local na última sexta-feira (15). Porém, um acordo permitiu que eles permanecessem no prédio até as 17h de ontem.

A assessoria de imprensa da fundação chegou a informar ontem que todas as lideranças indígenas haviam concordado em desocupar o prédio de quatro andares de forma pacífica e que apenas uma comissão de até 40 indígenas permaneceria na capital, para dar continuidade ao diálogo com o governo federal.

Entretanto, apenas metade do grupo que ocupava o local --impedindo a entrada de funcionários-- decidiu deixar o prédio. A intenção dos que ficaram, segundo lideranças, é continuar pressionando pela renúncia do presidente do órgão, Márcio Meira.

De acordo com a assessoria da fundação, Meira tem realizado reuniões com algumas tribos que participam da ocupação para tentar explicar o decreto de reestruturação que, segundo ele, está sendo mal interpretado. Entretanto, parte deles resiste até mesmo em se encontrar com o presidente do órgão.

Eles alegam não ter o que dialogar com a atual administração e pedem uma audiência com o presidente Lula e com o ministro da Justiça, Tarso Genro.

6 comentários:

Anônimo disse...

Outras etnias deveriam unir a eles, fazer número e salvar a FUNAI.
Índios!!! Vão se unir aos que estão lá lutando bravamente, não os deixe sós.
Potiguaras, ainda dá tempo de voltar e se fazerem presentes.
Cadê Capitão Ciríaco e Caboquinho?
Voltem e ajudem os seus parentes, enquanto é tempo de se salvarem.

Anônimo disse...

O decreto não está sendo mal interpretado como diz o Márcio Meira, os índios sabem muito bem o que ele (decreto) diz e, a razão de estarem pedindo a sua revogação, bem como a saida da direção da instituição (FUNAI), é em função deste motivo.

Anônimo disse...

Onde está Eduardo Campos que não dá uma palavra sequer em favor dos índios de Pernambuco?

Será que os governadores da Bahia, Alagoas e Ceará vão querer assumir a responsabilidade com os índios de Pernambuco?

Estamos caminhando sozinhos.

Eduardo Campos, faça como Requião, assuma o seu papel diante dos 40 mil índios de Pernambuco.

observador disse...

E com muito pesar que soube que o Presidente da Funai está aos poucos convencendo ou seja, comprando a dignidade de alguns indios. Onde vamos parar. cada um tem levado 20.000, 40.000 para retirar seus indios de lá. Parentes que permanecem na luta vamos ficar atentos.

Anônimo disse...

Com os cordiais cumprimentos dos indigenistas e servidores da FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO – FUNAI de Porto Velho – RO, vimos expor em atenção a edição do Decreto n-7056/2009, de autoria do Senhor Presidente da Republica Inácio Lula, que trata dentre outras normativas, da reestruturação da FUNAI, alterando a Lei nº. 5.371, de 5 de dezembro de 1967.
> Vale voltar ao passado para informar aos eminentes leitores que a Unidade da FUNAI em Porto Velho, desde a criação da Fundação até o ano de 2007, teve a representação de Administração Executiva Regional, cujo ordenamento administrativo se estendia de Juína a Rondolândia/MT, passando por Rondônia e cobrindo de Humaitá a Lábrea/AM, sem prejuízo ao atendimento a política indigenistas, pois havia como ainda há uma rede de Núcleos de Apoio Local realizando toda a demanda necessária.
> Problemas de gestão acontecidos entre 2006/2007 levaram a direção maior do órgão a extinguir a Administração Executiva Regional de Porto Velho e criando uma em Ji-Paraná com a alegativa de que a FUNAI precisava ficar mais perto dos índios, e não observaram a existência de uma Administração em Cacoal eqüidistante apenas 70 km, onde observamos que a questão de território cai por terra, deixando descobertas as populações indígenas das etnias Karitiana, Kassupa, Karipuna e Kaxarari, nesta região de Porto Velho.
> Como se não bastasse, a política de origem não definida para apequenar, tornar insignificante e ser um cancro para a FUNAI o atual Núcleo de Apoio Operacional (Unidade Administrativa atual de Porto Velho), não existente na hierarquia organizacional e institucional da FUNAI), continuou funcionando precariamente subordinada a Ji Paraná, com essa reestruturação, serviu para o fechamento definitivo da Unidade, trazendo sérias preocupações para dezenas de servidores pais e mães de família, com décadas de dedicação à causa indígena e para os indígenas, sérios transtornos no atendimento social.
> É importante relevar a importância da criação de uma Coordenação Regional da FUNAI em Porto Velho, com destaque para as obras do PAC e o impacto nas terras indígenas, a atenção e assistência social, o étno desenvolvimento e fragilidade funcional da instituição, reposicionando-a do último para o primeiro lugar em importância na reestruturação e fortalecimento, pois no Município estão hospedadas as seguintes obras do PAC, tais como: o complexo das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Girau, a BR 319, as pontes sobre o Rio Madeira em Porto Velho e Abunã ; apesar do encolhimento administrativo e operacional imposto a esta unidade, os indígenas de todas as partes do sudoeste de Mato Grosso, Rondônia e sul do Amazonas mensalmente continua vindo a Porto Velho para tratar de problemas de saúde, benefícios, direitos e cidadania dentre outros pois aqui continua a sede do INSS, Caixa Econômica Federal, Delegacia Federal de Educação, Ministério Público Federal e outras Instituições, esse atendimento social não é mais como antigamente – piorou; como terceira alegação sem falsa modéstia, na Unidade administrativa da FUNAI em Porto Velho, atua o melhor, mais capacitado e experiente corpo multiprofissional do Órgão, dentre os servidores de carreira

Anônimo disse...

Coluna do Claudio Humberto de 21//01/2010

21/01/2010 | 00:00
Câmara investiga ONGs que faturam
com os índios

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), ex-presidente da Câmara, anunciou ontem que convocará para depor na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional as representações indígenas que, em um manifesto, acusaram as organizações não governamentais (ONGs) estrangeiras de se aproveitarem deles para ganhar milhões de dólares obtidos junto a governos e a financiadores internacionais.


21/01/2010 | 00:00
Contra a reforma

A acusação dos índios contra ONGs estrangeiras está no manifesto deles contra a reforma administrativa em curso na Funai.


21/01/2010 | 00:00
Nomes aos bois

A bronca principal dos índios é contra as ONGs Instituto Socioambiental (Isa) e Centro de Trabalho Indigenista (CTI).

 
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