sábado, 9 de janeiro de 2010

Índios do Mato Grosso do Sul rejeitam reestruturação da Funai

Vinte e seis lideranças dos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, de aldeias dos índios Terena, Guarani e Kadiwéu, se reuniram hoje e expuseram sua rejeição veemente ao decreto presidencial de reestruturação na Funai.

É de se notar que, em termos de administrações da Funai, os índios do Mato Grosso do Sul só perderam o Núcleo de Apoio de Bonito, criado para os índios Kadiweu. Mesmo assim, verificaram o teor deletério desse decreto não só para outros povos indígenas, mas em especial para a Funai e para todo o movimento indígena de raiz do Brasil.

Segundo a matéria abaixo, do jornal Campo Grande News, os índios dizem que vêm a Brasília para uma marcha e depois para uma reunião na quarta-feira dia 20.

Aí já é tarde demais.

A Grande Marcha será mesmo segunda-feira dia 11, e se prolongará por toda a semana.

Melhor os parentes do Mato Grosso do Sul refazerem sua agenda.


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Índios querem novo decreto sobre estatuto da Funai


Durante reunião neste sábado, em Campo Grande, 26 caciques de aldeias de Mato Grosso do Sul cobraram a presença da Funai (Fundação Nacional do Índio) para conhecer de perto os problemas das comunidades.

O foco da reunião foi o Decreto Presidencial, publicado no diário oficial do último dia 29 de dezembro, para reestruturação do órgão. Participaram caciques das aldeias: Limão Verde, Córrego Seco, Aldeinha, Ipegue, Lagoinha, Kadiweu, Água Branca, Lálima, Passarinho,. Amoreira, Cachoeirinha, Moinho, Babassú, Colônia Nova, Recanto, Oliveira, Tereré, Córrego do Meio, Cacique Valdeci, Água Azul, Bananal e Buriti.

Os caciques aprovaram uma proposta e formaram comissão representando as aldeias do Estado, que participará de uma marcha em Brasília (DF) e no dia 20 de janeiro, quarta-feira, se reúne com o presidente da Funai, Marcio Meira. As lideranças exigem reformulação do decreto em pontos em que há discordância, como por exemplo, o fechamento dos postos indígenas em aldeias e a diminuição das representações através das Delegacias Regionais.

Índios Kadiweu e terena decidiram que vão atuar juntos por mudanças. Lideranças Kadiweu sugeriram que se estudem ações judiciais contra o decreto.

O diretor interino da Funai no Estado, Danilo de Oliveira Luiz, fez um balanço da administração, no seu período falou sobre dificuldades enfrentadas a frente do órgão, principalmente as financeiras, e as burocracias impostas pelos branco aos povos indígenas para gerir o pouco dinheiro que vem do Governo Federal.

Em seguida as lideranças expuseram suas expectativas. Para os caciques, a Funai precisa conhecer as comunidades indígenas, estar mais próxima e apoiando. O receio é que as mudanças no estatuto da Fundação criem distanciamento e as lideranças reclamam que não foram ouvidas durante o processo. 

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