terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Caboclinho, um dos líderes Potiguara, dá resposta clara sobre propósito da tomada da Funai

Eis a declaração que Caboclinho deu sobre os propósitos fundamentais da tomada da Funai. A matéria foi feita e publicada no site do CIMI.

Fica claro, para os que ainda tinham dúvida sobre a questão, que Caboclinho, por ter sido do CNPI, não compactua com a atual direção do órgão.

Ele lidera os Potiguara junto com Capitão e o cacique Potiguara, e é uma das figuras mais importantes da revolução que os índios estão fazendo no indigenismo brasileiro.

__________________________________

Conselho Indigenista Missionário

/12/01/2010 - 12:26 - Mais de 300 indígenas fazem manifestação em frente à Funai contra decreto


Nesta terça-feira, 12, cerca de 300 indígenas de diferentes povos fecharam a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília. Eles pedem a revogação do Decreto 7.056, publicado no dia 28 de dezembro de 2009, e a saída do presidente do órgão, Márcio Meira, juntamente com sua equipe. O decreto, fere a Convenção 169 da OIT, que determina a consulta prévia ao indígenas em relação aos assuntos que os afetem direta e indiretamente.

Caboquinho Potiguara, um dos líderes da delegação de índios do nordeste, diz que a intenção já não é mais falar com Meira. “Quando era preciso conversar com os índios, ele não falou. Agora ele quer que formemos uma pequena comissão para conversar com ele. Nós não queremos mais. A intenção é falar com o Ministro da Justiça, Tarso Genro, e vamos pedir a saída do presidente da Funai”.

De acordo com Caboquinho, os indígenas acreditam que seja necessária uma mudança na Funai, mas não deve ser feita dessa forma, sem consultar os indígenas. “É preciso escutar as nossas necessidades e com este decreto estamos sendo prejudicados”. Os indígenas pretendem ficar em Brasília até conseguir que seus objetivos sejam alcançados. “Viemos equipados com muita comida, água e tudo que precisarmos conseguir o que queremos”, avisou.

Em frente à sede do órgão indigenista eles esperam a chegada de mais indígenas de várias regiões do país para se dirigirem ao Ministério da Justiça nesta tarde. Eles pretendem falar com Tarso Genro ainda hoje.

Para o Cimi, a  presente mobilização é consequência da falta de diálogo do governo brasileiro com os povos indígenas no período anterior à edição do decreto de reestruturação da funai.

Nenhum comentário:

 
Share