sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CTI e seu convênio com a USAID

Para quem ainda tinha alguma dúvida sobre os interesses "indigenistas" do CTI em relação à Funai, e o que é uma Ong neoliberal, intenta em terceirizar a Funai, eis uma nota de convocação do próprio CTI em que os servidores da Funai que trabalham com índios isolados são chamados a explicar a uma representante da famigerada USAID a natureza e os procedimentos de seu trabalho.

A USAID financia o CTI nesse empreendimento de ter controle sobre a questão de índios isolados na Funai. O CTI praticamente manda nesse setor na Funai. A USAID financia também o ISA em diversas ações que faz com os índios do médio Xingu. A USAID financia diversas Ongs estrangeiras que trabalham direta ou indiretamente com povos indígenas pelo Brasil afora. Como a ACT, de repelente memória para os índios Kamayurá, outros povos do Alto Xingu e os índios do Parque do Tumucumaque, e que nos últimos tempos se aproximaram dos Ikpeng.

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Reunião de planejamento das Frentes de Proteção Etnoambiental
envolvidas no convênio CTI/FUNAI/USAID é realizada em Brasília



         Representantes do Centro de Trabalho Indigenista (CTI), da Coordenação Geral de Índios Isolados da FUNAI (CGII) e chefes das Frentes de Proteção Etnoambiental do Madeirinha (MT), do Vale do Javari (AM) e do Purus (AM) ligadas à CGII, estiveram reunidos entre os dias 17 e 18 de fevereiro na sede do CTI, em Brasília, para a reunião de planejamento das Frentes de Proteção Etnoambiental abrangidas pelo projeto Proteção Etnoambiental dos Povos Isolados da Amazônia Brasileira.

         Este projeto foi apresentado pelo CTI à USAID - Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional – no âmbito de uma chamada pública lançada pela agência americana em julho de 2008 e aprovado em setembro do mesmo ano. A execução das ações do projeto estará a cargo das Frentes de Proteção da FUNAI no Vale do Javari, médio Purus e norte do Mato Grosso. Essas três Frentes integram um total de seis que são coordenadas pela CGII/FUNAI.

         Amparado pelo Termo de Cooperação Técnica assinado pelas direções da FUNAI e CTI no final de 2008, o projeto visa repassar à FUNAI recursos humanos e materiais para aumentar a capacidade deste órgão na proteção dos povos isolados que vivem nas regiões acima citadas. A reunião ocorrida em fevereiro teve por objetivo detalhar o plano de trabalho do projeto para 2009, em conjunto com os executores das ações em campo. Essa será a primeira vez que a agência americana financiará um projeto ligado à questão dos povos indígenas isolados.

         Com o convênio CTI/FUNAI/USAID será possível aprimorar e ampliar o trabalho das equipes das Frentes de Proteção abrangidas pelo projeto, por meio da aquisição de novos equipamentos, capacitação e contratação de novos quadros indigenistas para tornar mais eficiente à fiscalização e proteção de uma área de mais de 11 milhões de hectares de florestas sob o controle das Frentes de Proteção Madeirinha, Vale do Javari e Purus da CGII-FUNAI.

         Hoje, no Brasil, segundo a Coordenação Geral de Índios Isolados da FUNAI, existem 69 referências de presença de índios não contatados e a FUNAI conta com aproximadamente 100 pessoas para garantir a proteção desses povos nas seis Frentes de Proteção Etnoambiental, numa área de quase 14 milhões de hectares.

         O primeiro dia de reunião contou com a presença da coordenadora do programa ambiental da USAID, Elke Costanti, que apresentou o trabalho da agência americana na questão ambiental. No Brasil, as ações consistem em apoiar projetos nessa área em parceria com entidades da sociedade civil que tenham atuações ambientalistas e/ou indigenistas.

         Aproveitando a presença da coordenadora, os chefes de posto contextualizaram as ações nas regiões que cada um trabalha explicando como atua a Frente, sobre a dificuldade de trabalhar em áreas amazônicas de difícil acesso e o aparato necessário para manter uma vigilância eficiente. Utilizando-se de mapas das terras indígenas e da região demonstraram também as difíceis condições operacionais e legais para que os funcionários da FUNAI que lá estão consigam exercer o trabalho de proteção, mantendo a política de não-contato com os povos isolados que ali vivem.

Helena Ladeira/CTI
19 de fevereiro de 2009


14 comentários:

Anônimo disse...

outro endereço para manifestação http://twitter.com/osamigosdolula

Anônimo disse...

SR MERCIO GOSTARIA QUE A NOSSA IRMA AZILENE INDIA KAYGANG EXPLICASSE PRA GENTE EM LINGUAGEM PROPRIA O QUE VENHA SER ESTE CONVENIO ASSINADO PELA CTI/FUNAI/USAID E MOSTRAR Á TODOS QUE SO EXISTE ENGANAÇÃO PARA NOS INDIOS E QUE TODOS TOMEM CONHECIMENTO JA QUE NEM A TELEVISÃO E OS JORNAIS COMENTAM NADA ESPERO QUE TODOS TOMEM CONHECIMENTO ATRAVES DESTE BLOG

Anônimo disse...

resultado do Decreto 7.056/09

http://www.youtube.com/watch?v=gg_JwY0Nh-c

provocado pela alta administração

Anônimo disse...

A FUNAI também é um orgão do indio e não do Presidente Marcio e seus compatriotas, abaixo ditadura.

Todo Dia Era Dia de Índio
Baby do Brasil
Composição: Jorge Ben

Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar
Curumim,chama Cunhatã
Que eu vou contar
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim
Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios
Proprietários felizes
Da Terra Brasilis
Pois todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril
Mas agora eles só tem
O dia 19 de Abril
Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea
Ou de poluir o rio e o mar
Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra,fauna e flora
Pois em sua glória,o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria
Da alegria de viver!
Da alegria de viver!
E no entanto,hoje
O seu canto triste
É o lamento de uma raça que já foi muito feliz
Pois antigamente
Todo dia era dia de índio
Todo dia era dia de índio
Curumim,Cunhatã
Cunhatã,Curumim
Terêrê,oh yeah!
Terêreê,oh!

Anônimo disse...

Comissão pretende evitar a extinção da Funai em Pernambuco

http://www.youtube.com/watch?v=_XsBZ252kcM&feature=fvsr

Anônimo disse...

pelo jeito que as coisas andam nem mais o dia 19 de abril tera o que comemorar, ou seja não tera nem o dia do INDIO.

Anônimo disse...

Nesta sexta-feira, servidores de todo o Brasil vão realizar um ato público em defesa da Fundação Nacional do Índio (Funai) e pela revogação do decreto 7056/09 que extingue diversas administrações regionais. A atividade tem apoio da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e de suas filiadas. Desde o dia 4 de janeiro, a Condsef vem insistindo em buscar uma reunião com o presidente da Funai, Márcio Meira. Nesta quarta, 20, a entidade voltou a reiterar o pedido de audiência por meio de ofício. O afastamento do presidente da Funai tem causado estranheza. Após ter articulado a publicação do decreto que desmonta o órgão que preside, Meira tem despacho no prédio do Ministério da Justiça (MJ). Depois que a direção da Funai obteve liminar para retirar os índios que ocuparam o órgão, é no MJ que os representantes de diversas etnias estão resistindo acampados em protesto.

Para piorar o clima entre as comunidades indígenas e a Funai, Meira autorizou a ocupação do órgão pela Força Nacional. A agressão atingiu em cheio os trabalhadores que não concordam com essa atitude truculenta e autoritária, saindo em defesa dos índios. Além de pressionar para abertura de um processo de negociação que busque a revogação do decreto 7056/09, o ato dos servidores nesta sexta também exige a imediata desocupação da polícia das dependências da Funai. Para a Condsef esta ocupação em nada ajuda na construção de um diálogo para solucionar os conflitos instalados após a extinção de diversas administrações regionais. A entidade acredita que a polícia não pode impedir o livre acesso das comunidades indígenas às dependências da Funai.

Pela reestruturação de fato – Os trabalhadores seguirão pressionando até que seja instalado um processo de negociação para discutir a revogação do decreto e uma proposta que reestruture de fato a Funai. Para a Condsef, o decreto 7.056 vai na contramão da reestruturação discutida com a categoria. A entidade segue defendendo a criação de uma carreira indigenista que atenda as demandas e necessidades dos servidores e também das comunidades indígenas.

Se a situação provocada pela publicação do decreto não for revertida um confronto será inevitável. Os trabalhadores exigem a abertura de um processo de negociação que envolva tanto as comunidades indígenas quanto os representantes dos servidores lotados na Funai. Os representantes das diversas etnias acampados em frente ao MJ também buscam serem recebidos em audiência pelo ministro Tarso Genro ou pelo próprio presidente Lula.

Encontro extraordinário – No próximo sábado, 23, os servidores da Funai realizam um encontro nacional extraordinário da categoria. A atividade foi convocada pela Condsef para buscar ações estratégicas e traçar metas para enfrentar e derrotar o decreto que desmonta o órgão. A categoria está empenhada e unida para buscar uma reestruturação que atenda as demandas dos trabalhadores e seja positiva também para as comunidades indígenas que se beneficiam diretamente do trabalho desenvolvido pela Funai.

Anônimo disse...

"PARASITAS"

A resposta a Santilli foi rápida. Os índios que ocupavam a Funai divulgaram moção de censura às ONGs. O texto qualifica o Isa e o CTI de "parasitas" dos povos indígenas: "São instituições que sempre se aproveitaram dos índios para sobreviver numa relação desigual, uma relação onde os índios sempre ficaram com as migalhas dos milhões de dólares de financiadores e governos internacionais que sempre foram parar nas contas bancárias dessas organizações que usam como fachada o socioambientalismo e o indigenismo."

O presidente da Funai, Márcio Meira, passou os últimos dias em seu gabinete, em Brasília, recebendo lideranças indígenas para esclarecer dúvidas sobre a reforma. Na segunda-feira conversou com índios potiguaras, da Paraíba; e ontem com os pancararus, de Pernambuco. Disse que são infundadas as informações de que a Funai deixará de funcionar naqueles dois Estados.Em entrevista publicada no site da Funai, Meira afirmou que a reforma vem sendo estudada há duas décadas. Também disse que parte das mudanças foi orientada por órgãos de controle do dinheiro público: "Recebemos orientações importantes dos órgãos de controle, do Tribunal de Contas da União, porque a Funai apresentava também muitos problemas de execução financeira."

Anônimo disse...

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), emitiu nota criticando a reforma e apoiando os protestos. O Cimi ataca a Funai por não ter ouvido os índios e reduzir o papel político da diretoria de assuntos fundiários na nova estrutura.

Por outro lado, o Instituto Socioambiental (Isa) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), outras duas grandes organizações não-governamentais que atuam na área, divulgaram notas de apoio à reforma. O indigenista Marcio Santilli, ex-presidente da Funai e coordenador do Isa, em Brasília, chegou a sugerir, em nota, que os protestos são organizados por funcionários que tiveram interesses contrariados.

"Líderes indígenas, organizações de apoio devem se acautelar em relação a rebeliões fisiológicas que se contrapõem à nova proposta em função de interesses contrariados", afirmou. Ainda segundo o indigenista, a reforma era esperada, uma vez que "a Funai vem de um longo processo de deterioração e envelhecimento".

Anônimo disse...

Gripe
Nem Funai, nem Polícia Federal. O principal motivo da desmobilização dos índios da etnia potiguar — que ocupavam há mais de dez dias a sede da Funai, em Brasília — foi uma gripe. Abatidos, com febre e dor de garganta, os cerca de 600 índios bateram em retirada, rumo ao litoral norte da Paraíba. Porém, o cacique Caboclinho promete voltar com 5 mil indígenas a Brasília, caso as reivindicações não sejam atendidas pelo presidente da Funai, Márcio Meira.

Ambiente & Ciência - Josana Salles - Jornal GAZETADIGITAL 19/01/2010 - Cuiabá /MT

Anônimo disse...

vejam : 07/01/2010 - 10:55 - Informe nº 895: Nova estrutura funcional da Fundação Nacional do Índio: algumas questões para refletir sobre as mudanças

http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=4361&eid=274

Anônimo disse...

Publicado no DOU de 28.12.09, o Decreto 7.056/09 determina a extinção de 44 Administrações Regionais e 337 Postos Indígenas da Funai, o que torna o Estado brasileiro ausente nessas áreas indígenas. A iniciativa também dá início a um processo de desmonte do órgão e afeta cerca de 2.600 servidores, a maioria dos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Maranhão. De acordo com o decreto, no parágrafo único do art. 5°, “os servidores com lotação nas unidades extintas serão removidos para outras unidades da Funai ou redistribuídos para outros órgãos”.

No lugar dos postos extintos, o governo pretende criar somente 36 Coordenações Regionais, deixando os índios totalmente desamparados. Como resultado, algumas localidades indígenas já registraram a presença de garimpeiros e de grileiros.

Em reuniões com representantes indígenas e dos servidores, respectivamente dias 13 e 14.01, a Presidência da República ouviu a mesma reivindicação: revogação do decreto. O governo ficou de dar um retorno e se dispôs a abrir uma agenda para reavaliar o decreto, que foi construído sem a participação dos trabalhadores da Fundação e dos índios. Enquanto as negociações não começam, os servidores buscam a ampliação de apoio à reivindicação. Já os índios mantêm uma vigília no prédio do órgão e um acampamento no Ginásio Nilson Nelson

Anônimo disse...

Não acredito que a retirada dos Potyguaras foi por motivo de doença.

Os índios Atikum, Pankará, Xucuru, Pankararu e Fulni-ô, estão ao relento, doentes, se alimentado mal, e não desistiram da luta.

São verdeiros heróis nordetinos.

Estamos orgulhosos de vocês!!!!!

Lampeões e Marias Bonitas enfrentaram a seca, beberam água de mandacaru, comeram calango na cidade dos candangos e mostraram para essa cambada de políticos e presidente da FUNAI com a sua corja, como resiste o nordetino esquecidos por muitos.

E AGORA COMO FICOU PLACAR DO TACACÁ?

Anônimo disse...

De acordo com o decreto, no parágrafo único do art. 5°, “os servidores com lotação nas unidades extintas serão removidos para outras unidades da Funai ou redistribuídos para outros órgãos”.
Como sera custeada esta mudança?! Como fica os familiares?!
Eles serão removidos de que forma?!
A FUNAI tem recursos para arcar com estes servidores?!

 
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