Servidores fazem ato público na sexta e Condsef segue cobrando reunião com Meira
Nesta sexta-feira, servidores de todo o Brasil vão realizar um ato público em defesa da Fundação Nacional do Índio (Funai) e pela revogação do decreto 7056/09 que extingue diversas administrações regionais. A atividade tem apoio da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e de suas filiadas.
Desde o dia 4 de janeiro, a Condsef vem insistindo em buscar uma reunião com o presidente da Funai, Márcio Meira. Nesta quarta, 20, a entidade voltou a reiterar o pedido de audiência por meio de ofício.
O afastamento do presidente da Funai tem causado estranheza. Após ter articulado a publicação do decreto que desmonta o órgão que preside, Meira tem despacho no prédio do Ministério da Justiça (MJ). Depois que a direção da Funai obteve liminar para retirar os índios que ocuparam o órgão, é no MJ que os representantes de diversas etnias estão resistindo acampados em protesto.
Para piorar o clima entre as comunidades indígenas e a Funai, Meira autorizou a ocupação do órgão pela Força Nacional. A agressão atingiu em cheio os trabalhadores que não concordam com essa atitude truculenta e autoritária, saindo em defesa dos índios.
Além de pressionar para abertura de um processo de negociação que busque a revogação do decreto 7056/09, o ato dos servidores nesta sexta também exige a imediata desocupação da polícia das dependências da Funai.
Para a Condsef esta ocupação em nada ajuda na construção de um diálogo para solucionar os conflitos instalados após a extinção de diversas administrações regionais. A entidade acredita que a polícia não pode impedir o livre acesso das comunidades indígenas às dependências da Funai.
Pela reestruturação de fato – Os trabalhadores seguirão pressionando até que seja instalado um processo de negociação para discutir a revogação do decreto e uma proposta que reestruture de fato a Funai. Para a Condsef, o decreto 7.056 vai na contramão da reestruturação discutida com a categoria. A entidade segue defendendo a criação de uma carreira indigenista que atenda as demandas e necessidades dos servidores e também das comunidades indígenas.
Se a situação provocada pela publicação do decreto não for revertida um confronto será inevitável.
Os trabalhadores exigem a abertura de um processo de negociação que envolva tanto as comunidades indígenas quanto os representantes dos servidores lotados na Funai.
Os representantes das diversas etnias acampados em frente ao MJ também buscam serem recebidos em audiência pelo ministro Tarso Genro ou pelo próprio presidente Lula.
Encontro extraordinário
No próximo sábado, 23, os servidores da Funai realizam um encontro nacional extraordinário da categoria. A atividade foi convocada pela Condsef para buscar ações estratégicas e traçar metas para enfrentar e derrotar o decreto que desmonta o órgão. A categoria está empenhada e unida para buscar uma reestruturação que atenda as demandas dos trabalhadores e seja positiva também para as comunidades indígenas que se beneficiam diretamente do trabalho desenvolvido
11 comentários:
Inacreditável : Márcio Meira dizendo que “governo de Roraima é anti-indígena”.
Logo quem falando. O general Custer colocou a Força Nacional dentro da Funai para expulsar e mandar prender os índios. Somente com a união de esforços do sindicato dos servidores e demais setores da sociedade civil, poderemos mostrar quem é o verdadeiro ANTI-INDÍGENA.
Qual será o local do encontro e o horário para que possamos participar também desse manifesto?
Vamos lá pessoal, as forças unidas jamais serão vencidas.
Será que alguns destes BUROCRATAS que ajudaram a construir o Decreto 7.056, em algum momento dormiram no mato, acampou com os índios, correra em busca de medicamento para índios enfermos, procurou dar soluções a conflitos internos nas aldeias, correra a traz de enfermeiras para ajudar em tratamentos a doentes, conhecem a verdadeiras necessidades dos índios?!
Ou fora sempre os almofadinhas que ficaram por traz da mesa junto aos papeis? Sei que teve pessoas de peso conhecendo e costurando o decreto dentro da FUNAI, mas tenho certeza que fez mas contragosto do que realmente gostaria de fazer?!
temos que expandir as informações nos meios de comunicações, mostrando todos os acontecimentos maeleficos provocados pelo Decreto.
Não vejo mais nenhuma noticias nos Jornais de grande circulação demostrando a insatisfação dos Indios referente o Decreto.
Mais de 900 indígenas de todo o Brasil, de cerca de 20 etnias, ocuparam na última semana o prédio da FUNAI em Brasília e eenfrentaram, além do silêncio da mídia, uma ameaça de retirada violenta pelas forças de repressão.
A ocupação, que começou entre 11 e 12 de janeiro, recebeu o ultimato para deixar o local até as 17h de segunda-feira, dia 18, quando a Polícia Federal e até mesmo a Força Nacional seriam chamadas para cumprir a reintegração de posse do prédio. No dia 18 mesmo, os indígenas desocuparam o prédio, mas permaneceram no local realizando o protesto, até terem suas demandas atendidas. Suas demandas convergentes incluem a exoneração imediata do presidente da FUNAI, Márcio Meira (algo que vem sendo exigido há tempos por vários povos indígenas), uma audiência com o Presidente da República, a reabertura definitiva de todos os Postos Indígenas e a revogação do Decreto 7.056 de 28 de dezembro de 2009 (que determinou uma autoritária reestruturação da FUNAI).
A ocupação é um dos desdobramentos de outras mobilizações país afora, ações na Justiça e notas de repúdio à sequência de medidas tomadas (e de omissões criminosas) do órgão indigenista, que se tornaram mais cínicas e ostensivamente covardes durante a presidência de Márico Meira na FUNAI e se vêm sacramentadas na forma em que este decreto foi concebido e promulgado: sem o respaldo, e nem mesmo o conhecimento, das lideranças indígenas do país. A consulta aos Povos Indígenas é determinada pela Convenção 169 da OIT, pela Declaração da ONU sobre os Povos Indígenas e pela legislação interna brasileira.
Leia Mais!
Carta aberta sobre a reestruturação da Funai
Entretanto, isto tem sido ignorado pela FUNAI. Frequentemente tomando OnGs de corte ora assistencialista, ora neoliberal como intermediárias das demandas e soberania indígenas, há tempos a direção da FUNAI tem buscado enfraquecer sistematicamente os Povos Indígenas do Brasil, dividí-los e comprá-los com promessas e benefícios escusos que remetem ao pior na forma de fazer política. A necessária reestruturação da FUNAI foi indisfarçadamente utilizada como pretexto para uma medida autoritária que vem coroar o processo de dilapidação dos patrimônios culturais e naturais brasileiros em nome de poderosos grupos econômicos.
Entre esses grupos econômicos predatórios se destaca o próprio Governo Federal, que na sua visão retrógrada, ou na sua necessidade de assumir compromissos com as velhas e as novas elites do país, desde os grandes fazendeiros aos industriais sedentos por uma energia barata só para eles, não consegue, via PAC, combinar o seu dever de ampliar o bem-estar da população com a preservação das únicas riquezas que pertencem a todos sem distinção: sua natureza em equilíbrio e a preservação da diversidade cultural, os patrimônios vivos do Brasil. Por isso a necessidade de um posicionamento do Presidente da República e do Ministro da Justiça.
Depredar ambos em nome de um pretenso desenvolvimento econômico, uma panaceia mal justificada diante das injustiças sociais aprofundadas e atualizadas, é expropriar bens coletivos (historicamente geridos por formas políticas que transcendem tanto a burocracia estatal quanto o mercado capitalista), monetarizando-os para que possam ser entregues a grupos específicos através do funcionamento normal do mercado, ou da regulação estatal. Não há mistério: monetarizar as riquezas coletivas do povo é a única forma que estes grupos conseguem interpretar a riqueza, porque é o meio mais direto para apropriar-se dela, criando escassez onde não há, seja através do Estado ou do Mercado.
Pela defesa da natureza em harmonia; Pela defesa da diversidade de formas de organização política, social e econômica, a essência da diversidade cultural; Pela autonomia dos Povos Indígenas para expressar sem intermediários as suas visões de mundo e estabelecer diálogo imprescindível para todos e todas com as várias civilizações brasileiras, sulamericanas, latinoamericanas, indígenas e não-indígenas de todo o mundo
Saúda-se o esforço dos Povos Indígenas em luta revolucionária em Brasília e por todo o Brasil!
AMIGO RIO ACIMA, VC TEM CONTADO COM ALGUM GRUPO ÍNDIGENA?
PORQUE O GRUPO QUE EU CONHECO, NECESSITA DE BRANCOS PARA AJUDA-LOS, POIS SEM APOIO DE POSTOS DENTRO DAS ALDEIAS, ELES NAO CONSEGUEM SE DEFENDER E NEM AO MENOS, PRESERVAR SUAS TERRAS.
POIS HA INVASOES DE MALDITOS FAZENDEIROS QUE TOMAM POSSE DE SUAS TERRAS, SEM FALAR NOS MALDOSOS GARIMPEIROS QUE ALEM DE DEGRADAR A NATUREZA VAO PREPARADOS ATÉ MESMO PARA MATAR OS POVOS INDÍGENAS,E TEM TAMBEM OS MADEREIROS QUE FAZEM VERDADEIRO ESTRAGO NAS MATAS. E COM O POUCO CONHECIMENTO DE LEIS E VALORES,QUE ESSE POVO SIMPLES TEM, ESSES "BANDIDOS'CITADOS ACIMA, ACABAM COMPRANDO OS INDÍGENAS POR UM PACOTE DE ACUCAR. SERIA MUITO BOM E FACIL DELES VIVEREM SEM APOIO DA FUNAI DENTRO DA ALDEIA, SE TODOS OS "BRANCOS" TIVESSEM CONCIENCIA E NAO AGISSEM DE FORMA TAO BAIXA E DESPREZIVEL.
Para que perguntou onde será o encontro.
Na sede do sindicato: SBS Qd. 01 Bloco "K" - Ed. Seguradoras 16º e 17º andares CEP: 70 093-900 Brasília/DF Tel.: (61) 3212 1900 Fax: 3225 0699. Pela manhã, não sei o horário exato.
Eita Teresa Arretada!!!!!!!!!
Você é mulher macho, sim, senhor!
SINDICATO NELES!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não acredito que a retirada dos Potyguaras foi por motivo de doença.
Os índios Atikum, Pankará, Xucuru, Pankararu e Fulni-ô, estão ao relento, doentes, se alimentado mal, e não desistiram da luta.
São verdeiros heróis nordetinos.
Estamos orgulhosos de vocês!!!!!
Lampeões e Marias Bonitas enfrentaram a seca, beberam água de mandacaru, comeram calango na cidade dos candangos e mostraram para essa cambada de políticos e presidente da FUNAI com a sua corja, como resiste o nordetisno esquecidos por muitos.
E AGORA COMO FICOU O PLACAR DO TACACÁ?
não identificada diz: realmente houve um abuso de poder, na FUNAI, sempre existiu abuso de poder, e os pequenos pagam pelos erros dos grandes, essa reestruturação está, com licença da palavra uma grande merda,èstá sendo incompreendida por muitos, porque criou mais funções de DAS, para encher o quadro da FUNAI , com pessoas que não são do qaudro e não valorizam o pessoal da casa , na verdade a FUNAI está cheia de Ongueiros, pessoal das ONGS, será que a FUNAi ainda é um orgão federal ou ela é uma ONG, disfarçada de órgão federal, A cultura diferenciada é uma bandeira de luta que usam para encobrir a falta de estrutura, de condições e de difícil acesso e condiçõs de vida nas aldeias indígenas. A dificuldade é tão grande que nem os indígenas estão mais querendo ficar no mato
Postar um comentário