quinta-feira, 12 de junho de 2008

Canadá pede desculpas aos povos indígenas

O líder indígena Phil Fontaine em frente à Câmara dos Comuns em Ottawa (Foto: Reuters)

O Canadá, seguindo o exemplo da Austrália, apresentou suas desculpas formais, diante de toda a nação e dos povos indígenas, que incluem os Inuit (Esquimó), as Nações Primeiras (First Nations) e os Métis (Mestiços), por ter adotado durante quase um século a política de tirar crianças e jovens indígenas de suas culturas para educá-las em internatos com o fim de que aprendessem os modos ocidentais e abandonassem os seus costumes e modos culturais.

O resultado dessa política desastrada é sentido até hoje pelos povos indígenas canadenses, com muita mágoa.

Esse pedido de desculpas vinha sendo negociado há alguns anos entre o governo do Canadá e as organizações indígenas. Era necessário para os povos indígenas do Canadá que este país denegasse a política etnocida que tinha praticado durante tanto tempo.


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Governo do Canadá pede desculpas oficiais aos índios por discriminação
Premiê admitiu que a política de assimilação foi um erro e causou danos ao país.
Internatos indígenas eram focos de maus-tratos e abusos, segundo os nativos.


O premiê do Canadá, Stephen Harper, pediu desculpas oficiais nesta quarta-feira (11) a dezenas de milhares de indígenas que sofreram durante anos abusos e discriminação.

"A política de assimilação foi um erro, causou grandes danos e não tem lugar em nosso país", disse Harper diante da Câmara dos Comuns. "Foi um triste episódio da nossa história."

Do fim do século 19 até a década de 1970, cerca de 150 mil crianças nativas, inuits e mestiças foram criadas em internatos a cargo de instituições cristãs, sob a autoridade do governo federal. Mais de 80 mil ainda vivem lá, e muitos deles se queixam de terem sido vítimas de maus-tratos e abusos sexuais.

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