terça-feira, 18 de novembro de 2008

Drops indigenistas -- 1

Blairo Maggi vem a público para dizer que os fazendeiros também sofrem com a crise dos subprimes e ficaram inadimplentes. Ou pagam o que devem ou gastam o que têm para preparar a próxima safra.

Mas isso é o que falam os fazendeiros a respeito dos pequenos agricultores assentados que mal conseguem sobreviver em suas terras. Que é que há? Ninguém nesse país sabe ser capitalista?

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A atual gestão da FUNAI e o SIVAM (que cuida da proteção da Amazônia) inventaram um novo brinquedo para rastrear índios isolados. Dizem que vão passar a sobrevoar as áreas em que há suspeitas de presença de índios isolados com um avião que tem um radar que detecta calor humano a altas alturas. Aí, se detectar se sabe que só podem ser índios.

Não é uma graça?

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Amanhã os políticos de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Roraima, Rondônia, Pará e de outros estados vão dar um calor no atual presidente da FUNAI. Querem que ele explique as portarias de estudo das terras indígenas no Mato Grosso do Sul e em outros estados.

Como ele se livrará dessa demonstração de carinho?

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O ministro Temporão está em maus lençóis com o PMDB. Quer demitir o presidente da Funasa, Danilo Fortes, mas não consegue. Depois, não sabe o que fazer da saúde indígena. Não sabia antes e agora está em barafunda.

Os índios é que ficam ao léu.

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O STF marcou para o dia 26 de novembro a última (esperamos) etapa da decisão sobre a homologação de Raposa Serra do Sol. Vamos aguardar os votos de suas excelências.

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Um grupo de índios Kayapó que se reuniu com o ministro Tarso Genro na semana passada não perdoou o atual presidente da FUNAI pela inoperância do órgão em relação às suas necessidades básicas e pelo desleixo com que Não são recebidos quando vêm a Brasília para reivindicar demandas ou apresentar sugestões. No calor das acusações, o presidente da FUNAI se retirou da reunião intempestivamente. Não é bom sinal.

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O Instituto Socio-ambiental está botando pressão sobre os índios do Alto Xingu para tomar a administração do Parque Indígena do Xingu. Querem aplicar os recursos que estão obtendo de um GEF (global environmental fund) para manejar os recursos do Parque. Já convenceram a atual gestão da FUNAI que melhor seria nomear um preposto dele como administrador do PIX. Já os líderes do Alto Xingu desconfiam das ações do ISA, mas alguns jovens estão sendo atraídos pelo canto da sereia.

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