sexta-feira, 27 de abril de 2007

Santa Catarina se rebela

Como previsto anteriormente, os políticos de Santa Catarina, que representam o que há mais de antiindigenismo no Brasil, estão se arregimentando para vir ao Ministro da Justiça pedir a revogação das quatro portarias de demarcação assinadas por ele no Dia do Índio para quatro terras indígenas no estado, sendo três para os índios Kaingang e uma para os Guarani-Nhandeva (Chiripá). Virão cheios de argumentos e muito veementes. Cabe ao Ministro não retroceder pois isto nunca aconteceu na história das demarcações.

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Florianópolis

O governo do Estado vai tentar barrar a criação de dois territórios indígenas e a ampliação de outros dois no Oeste catarinense. O governador Luiz Henrique da Silveira encaminhou ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, pedindo a revogação de portarias que determinam a criação e a ampliação das áreas nas cidades de Seara, Paial, Saudades, Arvoredo, Ipuaçu, Entre Rios, Cunha Porã e Abelardo Luz.
"Há agricultores que vivem naquelas terras há cem anos", diz o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Antônio Ceron. Segundo a Funai, serão 9.318 hectares a mais de terra para as comunidades indígenas guarani e caingangue. "Não tem índio para pôr nessas terras", questiona o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC). Na quarta-feira, dia 2, o assunto será discutido em audiência em Brasília. Jackson Santana, do Conselho Indígena Missionário (Cimi) em SC, defende que as portarias não podem ser revogadas.

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