quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Índios Xokleng em 1927

Em 1927 o alemão Gunther Plüschow fez uma viagem à Patagônia, mas antes passou pela região de Blumenau, onde viviam os índios Xokleng, então chamados de Botocudos. Pluschow filmou uma colônia alemã que estava se instalando naquelas terras e filmou também um grupo de Xokleng que vivia por lá.


O filme é mudo, naturalmente, e as legendas vêm em alemão. Numa delas fala num grande paredão de floresta que esconde o lugar onde vivem os "últimos" índios Botocudos.


Os atuais Xokleng podem ver esse filme e tentar verificar onde foi filmado. A cena das jovens mulheres com seus filhos preparando o almoço é muito cândida. Evidentemente todo mundo está bem nutrido e as jovens são bonitas e alegres. Na cena inicial um grupo de cinco homens surge do alto de um morro, como numa tomada fordiana, e mira um boi disparando pela ravina, Em seguida o boi aparece deitado, se debatendo com uma flechada no flanco. Depois é esquartejado. Só aparecem jovens, o que provavelmente significa que as cenas foram produzidas fora da aldeia.


O filme foi remasterizado e ficou com ótima qualidade. Aproveitem!


7 comentários:

Anônimo disse...

analisa a atual reestruturação da FUNAI

http://www.scribd.com/doc/26679229/Carta-Aberta-Regina-Silva

Anônimo disse...

Muito bom esse filme.

Clara disse...

Bem legal. E as mulheres enroladas em toalhas? hahaha Curioso esse olhar.

Anônimo disse...

Incrivel esse video. E esses colonos de SC resistem a aceitar que esses povos tem direito a terra...

Anônimo disse...

Lideranças Xokleng são condenadas a mais de 20 anos de prisão por impedir a dilapidação do patrimônio indígena
HOME PAGE CIMI, 11.02.2010

Mais um caso de criminalização indígena e discriminação no sul do país. Os indígenas Cunllung Vêi-Tcha Têie Winklr (conhecida também como Suzana), Vaihecu Ndilli e o cacique Jeremias Pattã, do povo Xokleng foram condenados no dia 12 de novembro pelo juiz Jéferson Isidoro Mafra, da justiça comum do estado de Santa Catarina. Os índios foram julgados por protestarem para impedir a retirada ilegal de madeira nativa e reflorestada de suas terras (da parte em litígio), e também por chamar a atenção das autoridades para a regularização fundiária. A manifestação aconteceu no dia 13 de janeiro de 2006, após várias denúncias sem respostas feitas à Funai.
No processo, eles são acusados de apreender três caminhões que transportavam madeiras, aparelhos de rádio, chave de boca, macaco hidráulico, pneus e cerca de 150 litros de óleo diesel. Também são acusados de cometer ameaças e manter um caminhoneiro em cárcere
privado. Os indígenas foram indiciados e condenados a penas que variam de 10 a 20 anos de reclusão em regime fechado. Eles receberam intimação da justiça na última sexta-feira (05) e o prazo para recorrer vence no dia 12 deste mês. O procurador federal Derli Fiúza, representante da Funai, já entrou com recurso contra a condenação em dezembro de 2009 e aguarda decisão da Justiça.

Discriminação

O juiz responsável pelo processo, Jéferson Isidoro Mafra, não os reconheceu como indígenas e por isso negou o pedido da Fundação Nacional do Índio para que fossem julgados pela Justiça Federal. Inconformados com tratamento que lhes foi dispensado pelo juiz os indígenas vierama público solicitar que o processo seja anulado, desde o inquérito policial até a divulgação da sentença no final do ano passado. Ontem pela manhã Suzana, juntamente com representante do CIMI Regional Sul – Equipe Florianópolis, esteve na Assembléia Legislativa do Estado para denunciar os fatos e buscar ajuda. Eles saíram de lá com a garantia de que a Casa vai encaminhar questionamento ao Conselho Nacional de Justiça sobre as condenações e o não julgamento dos indígenas pela Justiça Federal.

Incoerências

De acordo com lideranças indígenas, a condenação é abusiva, pois o ato foi político e não criminoso, visto que eles já haviam encaminhado denúncias sobre a exploração ilegal de madeira e nada havia sido feito. Outro ponto questionado pelos indígenas diz respeito às penas a que foram condenados, consideradas altas, e as acusações (roubo e crime de extorsão mediante seqüestro). Segundo eles, os caminhões apreendidos foram devolvidos aos seus donos no final do protesto após acordo firmado perante o secretário Regional de Ibama e o MPF. Por fim, dentre todas as alegações, os indígenas criticam a decisão de indiciar três pessoas, os tratando como criminosos, quando o ato foi coletivo e não pessoal.

Condenações

Suzana foi condenada pelo crime de roubo, extorsão mediante seqüestro a uma pena de 20 anos, um mês e seis dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente no regime fechado, e 96 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos. Dili Jeremias Patté foi condenado por roubo e crime de extorsão mediante seqüestro uma "pena de 19 anos, três meses e 18 dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente no regime fechado, e 79 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos." E Vaihecu Ndilli, foi condenado pelo crime de extorsão mediante seqüestro, e sua pena foi dez anos e seis meses de reclusão, a ser cumprida inicialmente no regime fechado. Os indígenas também devem arcar com as custas processuais. O Cimi se solidariza com estas lideranças vítimas de mais este ato que visa criminalizar as lutas indígenas e populares no estado de Santa Catarina. Ao mesmo tempo, manifesta confiança de que o processo e a sentença serão anulados já que a matéria não é de competência da justiça comum.

Fonte: Clipping da Sexta CCR do MPF.

Walter Alberto Sá Bensousan disse...

Caro Mércio algo não se coaduna com a realidade do filme, que é fática, com o Projeto Guarani de Maria Inês Ladeira da ONG CTI. A região era habitada pelo povo Xokleng, autóctones, verdadeiros brasileiros. Ironicamente, Maria Inês Ladeira e sua Ong, apoiadas pela UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina, contariando a bibliografia secular, deflagraram diversos processos demarcatórios/ FUNAI na região alusiva ao filme de Gunther Plüschow. O curioso é que os povos contemplados não são os Xokleng e sim os Guarani do Paraguai estimulados a sair de seus locais de origem e imigrar para santa Catarina. É claro, estes infelizes Guarani aqui servem de massa de manobra para gerar dinheiro mediante a majoração de obras públicas, EX: as margens da BR 101 rodovia em duplicação, a partir da década de 1990 mais de 30 "terras Guarani" foram definidas por antropólogos da UFSC. Ladeira também demarcou uma reserva Guarani as margens da BR 101 em um terreno absolutamente acidentado. Outro absurdo é a demarcação do Morro dos Cavalos: reserva peticionada, coordenada na FUNAI, e definida procedente tudo por Maria Inês Ladeira. É claro, o Morro dos Cavalos é inabitável mas a intervenção de Ladeira através de fraudes antropológicas, majorou a duplicação da BR101 no local em mais de 80 milhões de reais. Sem esquecer dos mais de 10 milhões de reais junto ao DNIT que veio na forma de medidas compensatórias, supostamente em favor dos indígenas Guarani recentemente egressos do Paraguai. Não é preciso dizer que os indígenas continuam na miséria e morando em terras de má qualidade. Mércio há dois crimes aí, que julgo não haver precedência: o crime de deslocar povos de uma determinada região e usá-los para obtenção de verbas, bem como, usá-los para fins de produção de textos, teses e trabalhos ditos científicos, absolutamente fraudados. O outro crime é o desprezo pelos Xokleng em detrimento de uma farsa que envolve os povos do Paraguai. São tantos as TIs (terras Indígenas)paraguais - Guarani definidas por Maria Inês Ladeira, mediante o uso de fraudes antropológicas, que os coitados dos Indígenas autóctones de Santa Catarina não conseguem espaço para as suas reivindicações. Mércio, ainda velado, estamos diante a um grande crime contra a humanidade, um crime antropológico que doutrina escraviza e explora povos de outros paises em benefício de Ongs e seus falsos antropólogos.
Em quem acreditar meu caro Antropólogo, no filme ou nas mentiras de Maria Inês Ladeira. Não há como evitar o escândalo que deverá aflorar quando for investigado, o que tem ocorrido em Santa Catarina. Para acomodar a patranha inventada pela Maria Inês Ladeira, Kaingang, Xokleng, Tambeopé, Pay-Taviterá, Kaiova etc, estão sendo socados em guetos definidos por Reservas Indígenas, misturados uns aos outros. Qual cultura sobrevive a isto? Que nos responda Maria Inês Ladeira reponsável pela produção de uma base documental fraudada para fins de uso nos processos demaractórios da FUNAI. Aproveito para pedir vossa licença para divulgar meu site atinente ao tema acima: www.antropowatch.com.br
Obrigado walter Alberto.

calopsita criciuma# disse...

bom dia.a anos atraz em uma de minhas pescarias,eu estava perto do rio mae luzia-treviso-sc,embaixo da serra-geral,quando um objeto me chamou atençao,ele aparecia só 2,3 centrimetros de fora da terra,querendo ser descoberto.desinterei e para minha surpresa se tratava de uma pedra em formato de uma picareta ou machado.levei ate a faculdade em criciuma e um arqueologo disse que com certeza era um tipo de machado xokleng.está no yotube sobre o titulo machado indigina xokleng.se vc tiver curiosidade em ver...

 
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