segunda-feira, 17 de março de 2008
Todos os índios são descendentes de seis mulheres
Cada vez mais a ciência vai se aperfeiçoando no conhecimento dos seres humanos.
A matéria abaixo fala da origem do homem nas Américas através da análise de DNA mitocondrial. O presente estudo postula a hipótese de que, não obstante a grande variedade de fenotipos, todos as pessoas indígenas da Américas são descendentes de apenas seis mulheres que atravessaram o Estreito de Behring há aproximadamente 19.000 anos.
Os estudos de DNA mitocondrial são complementados com os estudos do cromossomo Y. Ambos os casos são feitos com a retirada de sangue ou com células extraídas da parte interna da buchecha, com uma simples escovação. Por esse último método, diminuem os riscos de se querer comercializar sangue através de sua imortalização, tal como aconteceu com alguns laboratórios que participaram do Projeto Genoma. O caso da imortalização de soro sanguíneo dos índios Suruí e Karitiana, conforme denunciado pela mídia (ver estudo do bioantropólogo Ricardo Ventura) não se repetirá.
No Brasil, existem algumas propostas de pesquisa que buscam enfocar as populações indígenas e mostrar a sua aproximação genética umas com as outras, por um lado, e com suas origens asiáticas. Considero esses estudos importantes e necessários para que os índios conheçam melhor suas relações histórico-genéticas.
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Mães de todos
Agência FAPESP
Seis mulheres. Quase todos os indígenas atuais que vivem nas Américas do Norte, Central e do Sul deriva em parte de apenas meia dúzia de “mães fundadoras”, cujos descendentes se deslocaram pelo continente há cerca de 19 mil anos.
A afirmação vem de um estudo feito por um grupo internacional de pesquisadores e publicado no dia 12 na PloS One. De acordo com a pesquisa, as seis mulheres deixaram um legado genético que persiste até os dias de hoje em cerca de 95% dos indígenas americanos.
Os pesquisadores basearam o trabalho na análise de DNA mitocondrial, um tipo de DNA que não se localiza no núcleo da célula, mas na mitocôndria, organela que atua na respiração celular.
“Até recentemente, apenas um número limitado de seqüências genômicas mitocondriais completas que pertencem a haplogrupos de americanos nativos estava disponível, o que deixou a América como o continente com menos informação a respeito da variação nas seqüências de DNAs mitocondriais”, descreveram os autores no artigo.
Haplogrupos são grupos de haplótipos – séries de alelos (formas alternativas de um mesmo gene) em lugares específicos em um cromossomo – que compartilham um mesmo ancestral comum.
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2 comentários:
Muito interessante essa postagem... e já agora, esou pesquisando sobre sociedades matrilineares, se tiver algum material sobre o assunto, peço a gentileza de me enviar, para o mail lealdadefeminina@hotmail.com... desde já obrigada...
Vou linkar vc no meu blog, pq sempre gosto de me atualizar a respeito das questões indígenas...
Me diga uma coisa, em apenas 2 mil anos os descendentes dessas 6 mulheres chegaram na América do Sul e construíram a mais antiga cidade conhecida do mundo? Que tem 17 mil anos de existência?
http://www.acasicos.com.br/html/cidade.htm
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