A Coiab soltou ontem uma Nota Pública em que busca rebater acusações de desvios de dinheiro público que lhe são imputadas por acusadores anônimos na internet. As acusações não saíram em jornais escritos, nem se sabe em que sites elas estão e quais os dados usados. Mas a Coiab parece nervosa a ponto de já estar procurando saber quem seriam os acusadores para processá-los.
Por outro lado, veja também as denúnicas do presidente da Funasa contra o coordenador da Coiab por falta de lisura com o dinheiro público.
A matéria completa da Coiab está em seu site com o título Nota Pública. Vale notar nesta Nota que a Coiab considera como vitória sua a presença maciça de membros da organização no Conselho Nacional de Política Indigenista, em detrimento à presença de lideranças comprometidas com as bases de seus povos. Preocupante é saber que a aprovação de um GEF Indígena, que vai favorecer o poder do ISA sobre o movimento indígena, deve-se também à Coiab.
Também o programa PPTAL, financiado pelo governo alemão, e ligado à Funai, agora se baseia no que a Coiab considera apropriado para demarcar e para fazer programas de desenvolvimento étnico. É um poder de influência que é subtraído das verdadeiras lideranças indígenas.
A Coiab tinha que se defender porque as evidências de desvios e falcatruas, conhecidas há anos, estão crescendo a olhos vistos. Ela vai ter que vender sua sede para pagar as dívidas trabalhistas e outras. Fala-se que algumas Ongs e a própria Funai (será que o programa PPTAL também) estão procurando meios financeiros para vir em socorro do principal responsável pela administração corrupta atualmente instalada na Coiab. É preciso que as lideranças indígenas renovem o espírito da Coiab e não a deixem estiolar na corrupção.
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04.03.2008
NOTA PÚBLICA SOBRE DENÚNCIAS CONTRA A COIAB
A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), em respeito às suas lideranças, ao Conselho Deliberativo e Fiscal da COIAB (CONDEF) e às organizações de base nele representadas, às entidades parceiras e às instituições públicas, vem a público manifestar a sua indignação e o seu repúdio às informações distorcidas que vêm circulando na internet por meio de mensagens anônimas e certamente por advindas de pessoas descomprometidas com os nobres ideais do movimento indígena e que buscam desestabilizar o trabalho da atual coordenação.
Esta não é a primeira vez que anônimos tentam atingir dirigentes da COIAB denegrindo de forma irresponsável a imagem da Instituição, cuja credibilidade é sustentada por mais de 18 anos de luta na defesa dos direitos dos povos indígenas da Amazônia Brasileira.
Como é de conhecimento das organizações de base e das lideranças, em 2002 a Coordenação Executiva composta por Jecinaldo Saterê-Mawé (Coordenador Geral), Crisanto Xavante (Vice-Coordenador), Miquelina Barreto Machado (Secretária Geral) e Genival Mayoruna (Tesoureiro), assumiu a COIAB num momento de intervenção e com muitas dificuldades financeiras e administrativas advindas dos convênios com a FUNASA, mas desde o início do mandato, esta coordenação vem procurando desenvolver um processo transparente de gestão, seja na busca de soluções para seus problemas acumulados, seja para construir e estabelecer procedimentos e instrumentos permanentes de administração capazes de superar os desafios e evitar a continuidade de erros e fragilidades no futuro, necessários para seu desenvolvimento e fortalecimento institucional. Em maio de 2006, na VIII Assembléia Geral da COIAB, realizada na aldeia Maturuca, Terra Indígena Raposa Serra do Sol, num ato de aprovação da Coordenação Executiva, dois dos seus membros, Jecinaldo Sateré-Mawé, foi reconduzido à Coordenação da COIAB praticamente por aclamação, pelo consenso da maioria absoluta dos delegados e Genival Mayoruna foi reconduzido ao cargo de coordenador tesoureiro para o mandato 2006 a 2009.
Nessa perspectiva de trabalho a COIAB traçou estratégias de fortalecimento institucional e político que resultaram em importantes avanços e conquistas para o movimento indígena amazônico e nacional como destacamos a seguir:
• Fortalecimento das bases do Movimento Indígena, com destaque para a Amazônia Oriental e a Representação da COIAB em Brasília.
• Abril Indígena como instância de discussão do movimento indígena,
• Fórum Permanente dos Povos Indígenas da Amazônia com três edições realizadas em diferentes Estados da Amazônia (Amazonas, Mato Grosso e Rondônia)
• articulação com as organizações indígenas do Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil;
• conquista da Comissão Nacional de Política Indigenista – CNPI;
• rearticulação da COICA;
• Participação da COIAB na Organização das Nações Unidas – ONU. (inclusive em 2008 levaremos casos emblemáticos como Raposa Serra do Sol, Cinta Larga, Vale do Javari, Hidrovia do Madeira)
• retomada da Aliança dos Povos da Floresta;
• aprovação do Projeto GEF Indígena para proteção dos territórios indígenas;
• início do processo de regionalização do PDPI.
• Reconquista da credibilidade da COIAB junto aos parceiros financiadores.
• Instalação do Fórum Nacional de Defesa dos Povos Indígenas.
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quarta-feira, 5 de março de 2008
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