Não está fácil para os índios colombianos. A presença maciça, e agora desordenada, sem rumo, das FARC vem provocando muitos transtornos nos povos indígenas em cujas terras as FARC têm base ou realizam ações de guerrilha.
Recentemente, isto é, no ano passado, um pelotão das FARC invadiu uma aldeia e sequestrou diversos índios da etnia Awa, quase na fronteira com o Equador. Depois, alguns Awa saíram à procura de seus patrícios e foram massacrados.
Sabia-se da notícia, mas não se tinha certeza. Agora, parece que acharam os corpos de diversos Awa e o massacre ficou confirmado.
Eis como relata a notícia a Agência Ansa_
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ENCONTRADOS CORPOS DE INDÍGENAS DE MASSACRE ATRIBUÍDO ÀS FARC
Bogotá, ANSA
Um grupo de indígenas da etnia Awa recuperou oito corpos de membros de sua comunidade, assassinados em duas ações atribuídas ao grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Os indígenas haviam saído há uma semana em busca de 17 pessoas, que haviam sido levadas pelas Farc em fevereiro passado, em Tortugaña, no departamento (estado) de Nariño, na fronteira com o Equador.
Segundo a Organização Nacional Indígena (Onic), foram encontrados os corpos de tres irmãos, assassinados pelas Farc em setembro de 2008. Os outros cinco faziam parte dos 17 desaparecidos de fevereiro, duas das vítimas eram mulheres e estavam grávidas.
"Condenamos o modo como atuaram as Farc ao degolar, torturar e assassinar nossos irmãos Awa, entre eles duas mulheres grávidas de sete e oito meses de gestação. Assassinar crianças que ainda não nasceram para justificar uma revolução é um ato infame e repudiável a partir de qualquer ponto de vista", disse a Onic em um comunicado.
Por outro lado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) denunciou a situação de outra comunidade indígena, localizada ao noroeste do país. De acordo com o comitê, devido a confrontos entre grupos armados e o Exército colombiano, pelo menos 600 indígenas da comunidade Emberá foram obrigados a deixar suas terras.
Os Emberá, que estão instalados nas proximidades do rio Baudó, no departamento (estado) de Choco, iniciaram a desocupação forçada da região em 25 de março, e "há várias semanas enfrentam fortes consequências humanitárias devido ao conflito armado", disse o comitê, explicando que o grupo é composto majoritariamente por mulheres e crianças.
domingo, 5 de abril de 2009
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