sábado, 15 de agosto de 2009

Deputado do PT se posiciona contra o relatório da Funai sobre a T.I. Tupinambá

Após a audiência que aconteceu na quarta-feira p.p., em Brasília, um deputado federal pelo PT da Bahia se declarou contra o relatório de identificação da terra indígena dos Tupinambá, no município de Ilhéus. A audiência contou com a participação de políticos, fazendeiros e mais gente que mora nas terras identificadas pela Funai. O presidente da Funai argumentou que o órgão só segue a lei e que acreditava que o Relatório de Identificação da antropóloga portuguesa esta certo, porque ela tinha mestrado e doutorado em antropologia.

Eis como descreve o jornal A Região, de Ilhéus:

"O deputado federal Geraldo Simões (PT) participou em Brasília de um encontro que debateu a questão da demarcação de áreas reivindicadas por supostos índios tupinambás em Ilhéus (Olivença), Una e Buerarema.

Lembrando que o PT têm um histórico de defesa dos direitos dos povos indígenas à terra, assim como da reforma agrária, pequenos produtores e agricultura familiar, ele declarou que a proposta elaborada pela Funai contém inconsistências.

"Pelas características do relatório e sua parcialidade, ele acabou gerando uma situação conflitiva que joga os indígenas contra os pequenos produtores e a maioria da população local, não contribuindo em nada para a consolidação dos direitos dos índios"

Para Geraldo, "se de um lado, não resta dúvida que do ponto de vista histórico a região foi de ocupação indígena, como de resto todo o país, o mesmo não se pode dizer que a ocupação Tupinambá tenha se mantido desde o descobrimento na área proposta"

Existem dados apontando que não seria correta a informação de que a população dos Tupinambás seja de aproximadamente 3.000 índios. Segundo vários depoimentos, inclusive de índios, 2000 mil pessoas consideradas no relatório não seriam indígenas, lembra.

Simões recomenda "o arquivamento do relatório, com o cancelamento das ações por ele engendradas e que a Funai promova um reestudo da situação, busque a concórdia entre as partes envolvidas".

As declarações do deputado vão causar mais confusão na região. O PT tem que vir à tona e se posicionar sobre essa situação.

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